CRIMES DE EXTORSÃO

Pedidos de “amizade” aceitos em redes sociais tem gerado crimes de extorsão

Por: Nelson Duarte | Categoria: Polícia | 26-06-2021 09:44 | 3380
Pelo whatsapp suposto delegado ou agente da polícia civil em estados do Sul  se identifica
Pelo whatsapp suposto delegado ou agente da polícia civil em estados do Sul se identifica Foto: Reprodução

Tem sido cada vez mais intensa a ação de estelionatários, falsários e aplicadores de golpes de extorsão. Golpe que tem feito estragos e dado muita dor de cabeça se inicia em redes sociais, geralmente perfil falso, como se fossem mocinhas, com “pedido para serem adicionadas como amigas”.

Na região já foram efetuadas prisões de autores do golpe do cartão. São estelionatários que de posse de alguns dados da pessoa ligam, dizendo ser de instituições bancárias, e que teriam ocorrido transações ilegais com cartões precisam ser verificados. E aí é que mora o perigo, pois acabam fazendo saques. Conforme publicado anteriormente pelo “JS”, há golpistas especializados em verificar páginas de classificados, principalmente de veículos, e armam suas tramas. Simulando ter interesse em fazer a aquisição, envolvem uma terceira pessoa, que via de regra tem ficado no prejuízo.

Perfis no Facebook, contendo fotos de jovens tem sido enviados com pedidos de amizade. Normalmente, nele aparecem fotos de pessoas conhecidas em Paraíso entre “os amigos”. Não se sabe se realmente aceitaram, ou foram colocadas sem seus conhecidos, apenas para induzir outras pessoas.

Segundo informações obtidas, feito isso, a “nova amiga” passa enviar mensagens de texto no privado, e com o tempo começa a incluir assuntos íntimos, sugere troca de fotos pelo whatsapp, pelo celular. Envia fotos íntimas e solicita ao “amigo” que envie para ela também.

Tendo fotos do “novo amigo”, aí começa a ação. A “jovem” alega que precisa comprar remédio, comida e outros bens, fornece número de conta bancária e pede que sejam efetuados depósitos, de R$ 500, e até R$ 1.000.

Caso a pessoa não envie, ai começam as ameaças. Para isso utiliza fotos que tem em mãos, com afirmativa que irá divulgá-las para a família e até mesmo para polícia. E sempre que o “amigo” envia dinheiro, passa a pedir, cada vez mais.

Como parte da extorsão, entram em cena um suposto delegado ou agente da polícia civil em estados do Sul do país. Nos casos em que o “JS” teve acesso, a pessoa se apresentou como sendo delegado. “Afirmou que o pai da moça que seria menor de idade destruiu a casa e os pertences dela, e que o rapaz de Paraíso teria que arcar com todo o estrago, pois caso contrário ele iria emitir pedido de prisão dele”.

Em outra abordagem, veio até foto de suposto militar, e cópia do mandado de prisão. E sempre ameaçando que se fosse paga a quantia solicitada, o pai da moça iria retirar a denúncia.

O Jornal do Sudoeste foi informado que pelo menos quatro paraisenses, procuraram um profissional pedindo ajuda, que passou a atuar nas conversar, e concluiu que se tratavam de estelionatários, muito criativos, quadrilha que age possivelmente até em presídios pelo país afora, e tem extorquido muitas pessoas.

“Após uma conversa dura eles bloquearam o numero do whatsapp”, disse a fonte ouvida pelo jornal.