2 MILHÕES

Município investirá cerca de R$ 2 milhões para agilizar cirurgias eletivas represadas

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Saúde | 02-10-2021 14:39 | 975
Cirurgias eletivas estão sendo retomadas nos hospitais a partir do controle da pandemia de Covid-19
Cirurgias eletivas estão sendo retomadas nos hospitais a partir do controle da pandemia de Covid-19 Foto: Divulgação

O município de São Sebastião do Paraíso pretende investir ainda neste ano cerca de R$ 2 milhões na realização de cirurgias eletivas. A informação é do prefeito Marcelo Morais que anunciou também que pretende zerar as filas de espera em pelo menos quatro áreas até dezembro. A iniciativa vem de encontro com proposta do Governo do Estado que também divulgou iniciará um programa com objetivo de desafogar a enorme fila que se formou de pessoas que não puderam ser atendidas durante a fase crítica da pandemia da Covid-19.

Conforme Marcelo Morais a prefeitura já possui os recursos destinados para atender esta finalidade. “Tenho R$ 2 milhões para gastar com isso e já pedi prioridade à Santa Casa para fazer estes atendimentos e estamos aguardando o posi-cionamento da diretoria do hospital”, comenta. O prefeito já antecipou que pretende zerar as filas em relação as cirurgias de catarata, hérnia e vesícula que deverão ser realizadas até dezembro deste ano. A intenção é realizar 120 procedimentos de vesícula, além de 400 de hérnia.

Bastante determinado em seu posicionamento o prefeito salienta que caso a Santa Casa de Paraíso não tenha condições de atender a demanda irá recorrer a outros hospitais da região. “Temos um prazo e vou esperar a resposta da Santa Casa. Se não puderem vamos para os hospitais de Monte Santo, Pratápolis e outras cidades, mas vamos solucionar esta situação” assegura. Ele frisou que em função da pandemia e de outros fatores surgiram alguns gargalos no setor da saúde e que estão sendo solucionados com a contratação de novos especialistas para atendimento à população.

Em recente reunião na Câmara Municipal, representantes da Santa Casa ao serem indagados sobre a situação informaram que as cirurgias eletivas foram retomadas em agosto. Também foi anunciado que a fila de espera está em andamento de acordo com a capacidade instalada do hospital.

O atendimento das demandas ainda levam em consideração os protocolos de segurança referentes a pandemia de Covid-19. Ao Jornal do Sudoeste a Santa Casa reforçou que  referente aos procedimentos eletivos desde a mudança do cenário epidemiológico da Covid-19, a instituição vem trabalhando para uma estratégia de retomada das cirurgias eletivas com execuções desde o início de agosto de 2021 seguindo todos os procedimentos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde.

Quanto ao ofício da Prefeitura a previsão para atendimento das demandas solicitadas é de aproximadamente 90 dias. A Santa Casa informa que vem de um cenário de praticamente dois anos sem realização de procedimentos cirúrgicos eletivos e está tomando todos os cuidados possíveis pensando nos pacientes.

Também em Minas Gerais, o governador Romeu Zema afirmou que pretende implantar um programa com o objetivo de desafogar a enorme fila de cirurgias eletivas que não puderam ser realizadas nos períodos mais críticos de transmissão do coronavírus. “Há mais de 100 dias o número de casos, internações e óbitos tem caído de forma sistemática. E, agora, temos um grande desafio, que é colocar o sistema de saúde em dia, haja vista que as cirurgias eletivas ficaram represadas desde o início da pandemia”, comenta.

O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, explicou que pleiteou junto ao Ministério da Saúde, há cerca de um mês, a manutenção de mais de 860 leitos de CTI pós-covid para que o legado permaneça em Minas Gerais. “Volto a Brasília para cobrar um posicionamento do Ministério da Saúde para que a gente possa deixar uma estrutura muito mais robusta, especialmente de terapia intensiva e, como o governador falou, lançaremos no mês que vem um grande programa de incentivo de cirurgias.

São mais de 300 mil cirurgias que o estado tem hoje na fila e queremos fazer dois anos em um para recuperar esse tempo perdido durante a pandemia”, finaliza.