O HRCor (Hospital Regional do Coração), da Santa Casa de Misericórdia, em São Sebastião do Paraíso realizou com sucesso mais um procedimento cirúrgico para implante de válvula. O atendimento foi feito a um paciente de 83 anos teve cerca de 40 minutos de duração. A intervenção é realizada em situações em que o paciente idoso, normalmente, com mais de 75 anos é acometido com estreitamento da abertura da válvula aórtica prejudicando a circulação sanguínea no coração.
O procedimento foi realizado na quarta-feira, 20, sendo utilizada uma técnica minimamente invasiva. Durante o atendimento uma válvula é implantada por via percutânea (pela perna), ou seja, introduzida por um acesso na artéria femoral. Ela é navegada até o coração e liberada em substituição a valva aórtica doente.
O atendimento foi realizado em um paciente de 83 anos, com duração aproximada de 40 minutos, sem complicações. O paciente operado apresentava uma estenose valvar aórtica grave e tinha um risco cirúrgico alto para uma cirurgia convencional. Trabalharam no caso os cardiologistas intervencionistas José Luis Attab, Renato Sanchez, Ricardo Ferreira e equipe, que consideraram o resultado como "um grande sucesso". O paciente encontra-se em observação.
A Santa Casa de Misericórdia de São Sebastião do Paraíso habilitada como Hospital Regional do Coração - HRCor, conta com uma ampla capacidade técnica e instalada para realizar procedimentos estruturais cardíacos minimamente invasivos.
Estenose aórtica
Conforme os médicos a estenose aórtica trata-se de uma doença que causa o estreitamento da abertura da válvula aórtica, obstruindo o fluxo de sangue do ventrículo esquerdo do coração para a aorta. A doença afeta cerca 3 a 5% dos idosos com mais de 75 anos de idade, com fortes implicações na sua qualidade de vida. Os principais sintomas da enfermidade vão desde cansaço a dor no peito, podendo até ocasionar desmaio.
O tratamento pode passar pelo implante de uma nova valva cardíaca, através de cirurgia convencional, ou pelo procedimento minimamente invasivo, denominado de Implante Percutâneo de Valva Aórtica (TAVI). Na forma convencional é feita uma cirurgia aberta e troca da valva.
Na TAVI não há cortes, como ocorre tradicionalmente nas cirurgias cardiovasculares, permitindo um procedimento anestésico bem menos agressivo, e o paciente fica acordado durante o procedimento. Com grande vantagem no pós-operatório, que é muito mais curto e menos mórbido. A técnica tem diminuído a mortalidade e aumentado a qualidade de vida de pacientes.
No Brasil estima-se que nove milhões de pessoas com mais de 70 anos, 3% terão a doença, e que acima de 85 anos, 4% venham a desenvolvê-la.