A partir dos 30 anos de idade perdemos 1 % de rim ao ano, dessa forma aos 70 anos de idade teremos uma função renal estimada de 70 a 75 % e isso também acontece com o cérebro, coração, pulmões, pele, todos os nossos outros órgãos.
Dessa forma, antes de rotular um idoso como portador de doença renal crônica é necessário avaliar se a perda de função renal está dentro da esperada para idade ou não, e ainda se tem algum agravante de disfunção renal que precise ser tratado. Como desidratação, uso inadvertido de medicações como antiinflamatórios, antibióticos tóxicos ao rim ou até doses de medicações acima do que as preconizadas.
Utilizamos de alguns exames para estimar o funcionamento renal. São eles: urina rotina, hemograma completo, ureia, creatinina, eletrólitos, ácido úrico, gasometria venosa, perfil de ferro e perfil ósseo, assim como ultrassonografia de rins e vias urinárias. Com esses resultados em mãos conseguimos avaliar não apenas o funcionamento renal como ainda o envolvimento dos demais órgão na disfunção renal. E assim propor um tratamento que aborde todas as alterações advindas do mal funcionamento dos rins.
Além do envelhecimento natural dos rins, também são observados cistos renais simples, que nada mais são do que pequenas bolhas de água. E não trazem prejuízos ao funcionamento renal, mas devem ser acompanhados no seu tamanho e localização. Idealmente com ultrassonografia de rins anual ou pelo menos bianual.
Idosos obesos, ou portadores de outras doenças de base devem ter ainda mais cautela com a prevenção, realizando exames a cada 6 meses a um ano para acompanhamento da função renal. São fatores de risco para problemas renais o cigarro, obesidade, hipertensão arterial e diabetes melitus.
E por fim aqueles idosos sem doenças prévias, sem perda de proteína na urina e com funcionamento renal acima de 60 devem continuar mantendo o estilo de vida saudável para preservar a função renal. Rins envelhecidos não são rins doentes, são como motor de um carro antigo, funciona muito bem desde que mantidas as manutenções e revisões de maneira adequada.
Por isso se cuidem e visitem regularmente seu médico de confiança. A prevenção e o cuidado consigo mesmo é sempre a melhor opção.
Dra Leticia de Oliveira
Nefrologia e Clínica Médica
Atendimentos presenciais, telemedicina, visitas domiciliares e MAPA 24 h.
Redes sociais:
@draleticianefro (Instagram)
Dra Leticia de Oliveira Nefrologia e Clínica Médica (Facebook)
Lucano Clínicas
Rua Tenente José Joaquim, 555 - Centro -
São Sebastião do Paraíso-Minas Gerais
Telefones: (35) 35312607, 3531-4723, 99962-8084