Em São Sebastião do Paraíso até a quarta-feira (3/11), havia 8.996 pessoas que ainda não foram vacinadas contra a Covid-19. O número foi divulgado pela Assessoria de Comunicação da Prefeitura em atendimento a solicitação feita pelo Jornal do Sudoeste. A expectativa é de que este volume possa ser reduzido nos próximos dias com o avanço da vacinação que vai alcançar o público adolescente de 12 anos.
Conforme levantamento realizado 85% da população paraisense já foi imunizada com a primeira dose da vacina. Cerca de 37 mil receberam a segunda dose, enquanto que 1.564 tomaram a dose de reforço, até na quarta-feira,3. Os números levam em consideração o público total de 60.089 pessoas com idade a partir de 12 anos.
Dados divulgados pelo Vacinômetro da SES (Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais) apontava às 17horas de quarta-feira, 3, que em Paraíso 51.096 pessoas, ou seja,85,03% do público alvo havia sido vacinados com a dose inicial. Outras 36.901 (63,73%) receberam a segunda dose. Recebeu a dose única coma vacina da Janssen 1.396 paraisenses e a dose de reforço foi aplicada em 1.702 idosos. O indicador aponta ainda que 46,84% dos homens e 53,16 das mulheres receberam a vacina.
Como a vacinação segue em andamento as variações acontecem diariamente considerando que a quantidade de imunizados cresce. Nesta quinta-feira, 4, por exemplo, a Prefeitura iniciou primeira dose de vacinação em adolescentes na faixa etária dos 12 anos, concluindo mais uma fase do trabalho. Com isso o número de pessoas não vacinadas deverá ter queda.
Segundo o Vacinômetro 5,75% deste público foi imunizado. O atendimento será feito na Arena Olímpica entre 9h e 16h. É necessário levar a autorização dos pais ou responsáveis, que se encontra disponível no site da Prefeitura.
Na sexta-feira, 5, houve vacinação de segunda dose para quem tomou a Astrazeneca no dia 30 de julho (39 e 40 anos) ou que está com a vacina atrasada. Neste sábado, 6, o público alvo são as pessoas que tomaram a vacina da Pfizer nos dias 3 e 6 de setembro, com atendimento a quem tem 22 e 23 anos. É obrigatória a apresentação do cartão de vacinação e de um documento com foto.
Pesquisa
O Jornal do Sudoeste também teve acesso aos dados do último relatório da pesquisa Saúde Brasil, realizada pelo Centro de Pesquisa em Comunicação Política e Saúde Pública da Universidade de Brasília (CPS-UnB ) e pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD ). Foram entrevistadas 1.006 pessoas no Brasil entre os dias 29 de setembro e 8 de outubro. Amostra utilizou cotas de gênero, idade, renda e região. Os dados têm margem de erro de 3 pontos percentuais num intervalo de confiança de 95%.
Entre os brasileiros que já tomaram uma ou duas doses da vacina contra a Covid-19, 88% afirmam que pretendem tomar uma terceira dose, ante 12% que não pretendem. Dos que desejam receber a dose de reforço, a maioria (36%) respondeu que, mesmo se pudesse escolher, tomaria qualquer uma das marcas de imunizantes disponíveis no Brasil. Outros 28% têm preferência pela Pfizer; 19%, pela Astrazeneca; 9%, pela Jansen; e 8%, pela Coronavac.
Os números são considerados satisfatórios pela organização da pesquisa. "Os resultados mostram que, apesar da demora do país em iniciar a vacinação e dos erros na comunicação do governo federal, a sociedade brasileira aderiu majoritariamente à imunização contra a Covid-19. Isso é fruto, em boa medida, do histórico de vacinação dos brasileiros e das brasileiras contra diversas doenças e da confiança numa solução sanitária que tem sólida base científica há décadas", diz Wladimir Gramacho, coordenador do CPS-UnB.
Entre as principais razões que os entrevistados alegaram para terem se vacinado, a confiança na segurança e na eficácia da vacina foi mencionada por 79%, seguida pela resposta "para poder viajar e sair com segurança" (57%), pela insistência da família (25%) e dos amigos (3%).
Já entre os 9% de brasileiros que não tomaram nenhuma dose do imunizante até agora, 28% não o fizeram porque acham que ele não é seguro, 20% têm receio das reações, outros 20% acham que a vacina não é eficaz, 10% alegam não ter tido tempo, 7% dizem que não conseguiram ir até o local de vacinação, 3% falam que o motivo é o fato de já haverem tido a doença, e 2% respondem que ainda não chegou a sua vez de se vacinar no lugar onde mora ou que a vacina é um chip para monitorá-los ou mudar seus genes. Sobre as chances de virem a se imunizar contra a Covid-19, esses mesmos brasileiros que não receberam nenhuma dose da vacina até agora dizem que têm muita chance de fazê-lo (24%), alguma chance (25%), pouca chance (23%) ou nenhuma chance (26%).