ÓBITO

Após 44 dias sem óbitos, Covid-19 mata idoso que recusou vacina em Paraíso  

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Saúde | 12-11-2021 19:11 | 2041
Município prossegue com a vacinação em adolescentes e também aplicação da dose de reforços em idosos
Município prossegue com a vacinação em adolescentes e também aplicação da dose de reforços em idosos Foto: Bryan Felipe

São Sebastião do Paraíso registrou na quinta-feira,11, o primeiro caso de morte por complicações da Covid-19 após um intervalo de 44 dias em que as ocorrências haviam cessado. A vítima é um homem de 69 anos, que não apresentava comorbidades, mas que se recusou a tomar sequer uma dose da vacina contra o coronavírus. Apesar de todo o chamamento e trabalho de conscientização há pessoas que ignoram que a vacinação é a forma mais eficaz de frear a contaminação e o surgimento de novas variantes da doença. Apenas a imunização em massa protege todas as pessoas da comunidade e diminui o risco de contágio.

No período entre 27 de setembro até 10 de novembro foram 44 dias em que no município não foi registrado nenhum falecimento provocado pela Covid. No período, foi registrado que outubro foi o mês em que em nenhum dia também houve mortes por este motivo. Antes Paraíso estava com 277 casos e em 30 de setembro, foram totalizadas três ocorrências de paraisenses que faleceram em Ribeirão Preto (SP) vítimas da doença. As mortes estavam sob investigação e ocorreram nos dias 14 de julho e 2 e 3 de agosto. Mesmo residindo em outro estado os casos são computados para a cidade de origem.

Com a ocorrência de quinta-feira,11, conforme boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura, São Sebastião do Paraíso totaliza 281 casos de óbitos por Covid desde o início da pandemia. Desde o início da pandemia decretada em 16 de março de 2020, o município registrou a primeira morte ocasionada por complicações do coronavírus confirmada por exame laboratorial em 16 de abril daquele ano. A vítima era uma mulher de 72 anos, que apresentava comorbidades.

Ainda em relação ao óbito registrado nesta quinta-feira,11,  conforme informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São Sebastião do Paraíso, o homem de 69 anos que faleceu por Covid-19, havia se recusado a tomar a vacina. Caso tivesse tomado o imunizante eram grandes as chances de ter prevenido a doença e evitado o óbito.

Conforme o Vacinômetro da Secretaria de Estado da Saúde de Minas na sexta-feira,12, às 16 horas Paraíso tinha 53.638 pessoas vacinadas com primeira dose. Outras 42.227 receberam a segunda dose e 1.396 foram imunizadas com dose única, além de 3.739 que tomaram a dose de reforço.

Importância da vacina
A vacinação é a forma mais eficaz de frear a contaminação e o surgimento de novas variantes do coronavírus. Apenas a imunização em massa protege todas as pessoas da comunidade e diminui o risco de contágio. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde é importante que todos os cidadãos se vacinem, até porque, as vacinas contra Covid-19 são completamente seguras. Todas são licenciadas e rigorosamente testadas. Além disso, o acesso às doses é gratuito, com distribuição pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Para reduzir o número de pessoas com sintomas e internações e evitar casos graves e óbitos pela COVID-19, a SES orienta a população a tomar as duas doses das vacinas disponibilizadas pelo Município. Optar pela imunização completa contra o Coronavírus é proteger não apenas a si próprio, mas também toda a sociedade. Quem não se vacina não coloca apenas a própria saúde em risco, mas também a de seus familiares e outras pessoas com quem tem contato, além de contribuir para aumentar a circulação de doenças. Tomar vacinas é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e de suas complicações, que podem até levar à morte.

A maioria das doenças que podem ser prevenidas por vacina é transmitida pelo contato com objetos contaminados ou quando o doente espirra, tosse ou fala, pois ele expele pequenas gotículas que contém os agentes infecciosos. Assim, se um indivíduo é infectado, pode transmitir a doença para outros que também não foram imunizados. Graças à vacinação, houve uma queda drástica na incidência de doenças que costumavam matar milhares de pessoas todos os anos até a metade do século passado - como coqueluche, sarampo, poliomielite e rubéola, além da própria Covid-19. Mas, mesmo estando sob controle hoje em dia, elas podem rapidamente voltar a se tornar uma epidemia caso as pessoas parem de se vacinar. 

Seguras
As vacinas são feitas com microrganismos da própria doença que previne. O imunizante contra o sarampo, por exemplo, contém o vírus do sarampo. No entanto, estes microrganismos estão enfraquecidos ou mortos, fazendo com que o corpo não desenvolva a doença, mas se torne preparado para combatê-la se for necessário.

Toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, garantindo sua segurança. Elas também passam pela avaliação de institutos reguladores rígidos. No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Algumas pessoas podem ter efeitos colaterais leves depois de tomarem uma vacina, como dor no local da injeção e febre baixa.