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Prefeitura aluga ônibus e assume o transporte coletivo em Paraíso

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Cidades | 30-12-2021 17:36 | 3268
Foto: Divulgação

A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso vai assumir o serviço de transporte coletivo público municipal a partir de segunda-feira,3 de janeiro de 2022. O anúncio é do prefeito Marcelo Morais que confirmou ao Jornal do Sudoeste a homologação do pregão que concluiu o certame para a contratação dos ônibus. A empresa JIM Comércio e Serviços, de Araguari, fornecerá os veículos para o atendimento do público urbano, enquanto que a Talma Transportes, de Belo Horizonte fará o atendimento para o distrito de Guardinha.

A regularização do serviço está sendo um dos desafios enfrentados pela Prefeitura de Paraíso desde o início da atual gestão. O prefeito Marcelo Morais reforça que está empenhado em buscar uma solução para atender a população dentro da legalidade. “Desde o nosso primeiro dia de mandato estamos buscando uma forma de solucionar esta situação que herdamos e temos feito de tudo para não deixar a população sem transporte”, comenta. Ele cita que foi feito inicialmente um contrato emergencial, mas destaca que agora está buscando outra alternativa.

Marcelo falou sobre a conclusão do Pregão 080/2021 realizado pela Prefeitura nesta semana. “Foi homologado sim o certame do processo licitatório, na modalidade pregão. Quem venceu foi a JIM Comércio e Serviços Ltda, de Araguari”, disse.

Ele anunciou que “os ônibus chegam hoje (terça-feira) a Paraíso para começar a rodar no dia 3 de janeiro”. A empresa terá oito carros em circulação e dois reservas para o atendimento da população urbana. Na zona rural a vencedora foi a Talma Transportes, que deverá utilizar dois veículos.

O contrato prevê o aluguel do ônibus já com os motoristas por conta da empresa. “Toda a manutenção dos ônibus será por parte deles a gente entra com óleo diesel e com a gestão mesmo”, completa.

Conforme o prefeito a intenção ao assumir o serviço é evitar que a administração fique refém das empresas em relação a cobrança de subsídios. Em média o Município estava gastando cerca de R$ 65 mil mensais para manter o serviço em funcionamento.

No final de outubro a Câmara Municipal aprovou projeto do Executivo que prevê a concessão de subsídio tarifário ao serviço de transporte coletivo municipal de até RS 127.833,34. Quando venceu a licitação emergencial o valor inicial do subsídio era de R$ 35 mil. Cerca de três meses depois foi realizado um ajustamento dos valores. O município concordou em pagar mais R$ 11 mil elevando o total para R$ 46 mil, acordo que se manteve até o dia 31 de agosto.

O subsídio tarifário destina-se a um número mínimo de pagantes estipulado em contrato, e fica limitado ao valor de R$ 65.000,00 no período de 3 de novembro a 2 de dezembro de 2021. Da mesma forma foi concedido o valor de R$ 62.833,34 para o período de 3 de dezembro a 31 de dezembro de 2021, prazo de vigência do contrato emergencial.

No final de agosto a prefeitura já havia solicitado e a Câmara aprovou Projeto de Lei de igual teor em que o Município pagaria o aporte de R$ 65 mil ao mês de subsídio para a empresa Talma Transportes para garantir a manutenção do transporte coletivo na cidade. O valor foi concedido no período de setembro e outubro.

O pagamento do subsídio é feito como forma de compensar a arrecadação não realizada pela empresa frente a estimativa de uso de passageiros. Segundo o prefeito a expectativa era de que inicialmente entre 30 a 35 mil pessoas pagantes fizessem uso dos ônibus ao mês, mas o volume ficou aquém, na faixa de 25 mil usuários. Nesta nova fase o Município deverá gastar um valor menor ao que está sendo aplicado.

“Os ônibus foram alugados pela Prefeitura e acreditamos que ao invés de gastar em torno de R$ 75 mil mensais que é o que está girando hoje de subsídio devemos gastar neste momento apenas R$ 20 mil”, compara.

A expectativa é de que com a volta do público o serviço se torne auto sustentável. “A ideia nossa é que com o serviço sendo realizado pela Prefeitura e com a credibilidade que será passada com o serviço, em um curto espaço de tempo não termos de pagar mais subsídios com este transporte”, avalia.

Marcelo assegurou ainda que não haverá reajuste no valor da tarifa de R$ 3,45. “O preço será mantido até para a gente ir sentindo. Temos uma margem de até R$ 70 mil para subsidiar o serviço, mas contando que estamos próximos de alcançar os 35 mil bilhetes/mês, inclusive com a volta às aulas, chegando neste valor conseguiremos manter”, ressalta.