São Sebastião do Paraíso voltou a ter uma explosão de casos confirmados de Covid-19 neste início de janeiro de 2.022. Conforme Boletim Epidemiológico divulgado pela Prefeitura, somente na quinta-feira, (6/1), foram registrados 50 novos casos confirmados da doença. Diferente da situação de um ano atrás quando a maioria dos pacientes necessitava de internação, agora, em função dos efeitos da vacinação, os sintomas apresentados são leves possibilitando tratamento em isolamento domiciliar, na maioria dos casos. As hospitalizações têm ocorrido principalmente com pessoas que não completaram o ciclo ou têm se negado a tomar as vacinas disponibilizadas.
Se nos três primeiros dias do ano Paraíso confirmou a soma de 50 novos casos de coronavírus, com média de 17 a cada 24 horas, a tendência de alta de contaminações vem sendo mantida ao longo da semana. Na terça-feira (4/1), foram 26 ocorrências, na quarta-feira (5/1), 35, e na quinta-feira (6/1), o volume de infectados com vírus saltou para 50 em um só dia.
Na sexta-feira (7/1), em números preliminares apurados pela reportagem e que seriam lançados no boletim do dia, Paraíso havia registrado 25 novos casos confirmados, totalizando 187 desde o dia 1º de janeiro. Apenas uma pessoa do município continuava hospitalizada na UTI e cinco estavam sendo atendidas na Enfermaria, sendo dois paraisenses e dois de outros municípios. Não houve registro de óbito por Covid na primeira semana de 2.022.
Em função dos efeitos de propagação da variante Ômicron e também do surgimento de síndrome gripal registrada em todo o país, também em Paraíso a situação não é diferente. De maneira preventiva foi cancelada a festa da Congada que tradicionalmente é realizada entre 26 a 30 de dezembro, exatamente pelo evento provocar aglomerações. Ainda assim em virtude das reuniões familiares, eventos, confraternizações, viagens realizadas e visitas recebidas os índices de contaminações vem apresentado alta desde a segunda quinzena de dezembro.
Ainda em relação ao Boletim Epidemiológico de quinta-feira (6/1), os números apontavam a existência de 476 pessoas apontados como suspeitos, sendo monitoradas pelas equipes da vigilância. Outro indicador era a existência de 145 pacientes com sintomas leves sendo mantidas em isolamento domiciliar com o diagnóstico de confirmado para a Covid-19.
A escalada vem de 45 casos na segunda-feira, 78 na terça e 92 na quarta. Na quinta foram 100 casos a mais em relação a soma dos três primeiros dias do ano. Já os índices de internações continuam sendo considerados baixos.
Também nesta semana a Prefeitura de Paraíso retomou a vacinação contra a Covid. Neste sábado serão vacinadas pessoas de 12 a 18 anos, com a primeira dose. Também estão sendo atendidos aqueles que com idade acima dos 12 anos estão com a vacina da segunda dose da Pfizer atrasada. Já a terceira dose é aplicada na população acima dos 18 anos, sendo observado que a aplicação ocorre em quem tomou a segunda dose há pelo menos quatro meses, ou seja, no início de setembro. O Drive Thru funciona de 9 às 16 horas, no pátio da Arena João Mambrini..
Efeito da vacinação
Um dos efeitos identificados que a nova variante tem apresentado é que as pessoas que estão sendo notificadas como positivas para a Covid-19 possuem sintomas leves e na maioria dos casos não necessitam de internações. Nesta semana a Santa Casa de Misericórdia de Paraíso chegou a reduzir a quantidade de leitos disponíveis para o atendimento e pacientes com coron-vírus através do SUS (Sistema Único de Saúde).
A ala de Enfermaria passou de 47 leitos para 15 e na UTI a queda na oferta foi de 50% saindo de 20 para 10 leitos. Ainda assim a taxa de ocupação era de três pacientes da cidade na quinta-feira,6.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, Minas Gerais atingiu a marca de 85% da população com as duas doses da vacina contra a covid-19, e 15% já receberam a dose de reforço.
Mais de 34 milhões de imunizantes já foram aplicados desde o início da campanha. Em Paraíso o prefeito Marcelo Morais estimou que 95% da população prevista tomou a dose inicial e 85% a segunda. Quanto a dose de reforço o município segue avançando, conforme as faixas etárias preconizadas e a quantidade de vacinas enviadas. A redução do intervalo nesta situação tem possibilitado que um público maior seja atendido, observa.
Um estudo realizado pela SES/MG com dados da Covid-19 referente a dezembro em Minas Gerais, mostra que uma pessoa não vacinada corre um risco 11 vezes maior de morrer em decorrência do vírus do que uma pessoa imunizada com as duas doses.
Segundo o levantamento a média de taxa de óbitos por 100 mil habitantes no estado foi de 0,06 para vacinados com duas doses. Para os que tomaram apenas uma dose, a taxa é de 0,12. Já os que não tomaram a vacina, o número chega a 0,71. Para o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, o médico Fábio Baccheretti, o estudo mostra a importância da vacinação e derruba os mitos e notícias falsas divulgadas contra a vacina.
Minas Gerais já registrou 170 casos da nova variante Ômicron nesta semana. O vírus que mais circula no estado é o da Influenza A H3N2. Embora haja a negativa de que haja um surto de gripe em Minas Gerais, uma vez que 85% do público-alvo foi vacinado o cenário pode mudar. Com a maior circulação da Ômicron, está é uma tendência. Ele reforça que, assim como as demais cepas, os cuidados devem ser redobrados. “Não é o momento de relaxarmos. A população deve continuar usando máscaras, evitar aglomerações e realizar a higi-enização das mãos corretamente”, alertou.
De acordo com o SES/MG as vacinas para as crianças com idade entre 5 anos e 11 anos devem começar a chegar no estado em janeiro. Também foi anunciado que Minas Gerais não exigirá a receita médica para a vacinação infantil. O público infantil será tratado como os diversos públicos dentro do Programa Nacional de Imunizações (PNI).