REGIONAL

Marcelo Morais defende disponibilidade de leitos para atender pacientes com covid

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Saúde | 23-01-2022 21:35 | 2416
Municípios reivindicam junto ao estado aumento da oferta de leitos para tratamento da covid
Municípios reivindicam junto ao estado aumento da oferta de leitos para tratamento da covid Foto: Divulgação

Representantes da Associação dos Municípios do Médio Rio Grande (AMEG), da Superintendência Regional de Saúde e das Santas Casas de Passos e São Sebastião do Paraíso se reuniram quinta-feira (20/1), para debater sobre a oferta de leitos hospitalares destinados ao tratamento de pacientes com a covid-19. O aumento na procura e o crescimento do número de internações têm aumentado a preocupação das prefeituras. Marcelo Morais disse ao Jornal do Sudoeste que é a favor da disponibilidade de mais leitos prevendo o agravamento da situação nos próximos dias.

Durante a semana os leitos hospitalares destinados ao tratamento de pacientes com a Covid-19 chegaram a ficar lotados em Passos, o que aumenta a preocupação das prefeituras. A região já chegou a ter 95 leitos exclusivos para tratamento da doença, mas a partir deste mês, tem apenas 31, sendo 24 pelo SUS. O pedido é para que novos leitos sejam recredenciados, uma vez que as enfermarias e as UTI’s já estão ficando lotadas.

O prefeito de Passos, Diego Oliveira falou sobre o que foi pedido pelos prefeitos e citou que as lideranças buscam o consenso e o denominador comum. “De fato foi uma reunião extensa onde o debate, a troca de ideias para se chegar em um denominador comum foi bastante incisivo. O que nós prefeitos sugerimos à Santa Casa de imediato é o aumento de mais 10 leitos de UTI e a partir do momento que for surgindo a necessidade, seja aumentado esse número”, disse. O pedido é para que novos leitos sejam recredenciados.

O prefeito Marcelo Morais, disse ao Jornal do Sudoeste que defende a maior disponibilidade de leitos. “A minha opinião é que o leito esteja disponível. Enquanto o Estado estava pagando por disponibilidade várias instituições arrumavam leitos até debaixo da terra. Agora que é por produção, todo mundo fala que não tem leito, não tem equipes e tudo mais. Se o estado mudar a política, então aparecem os leitos”, compara.

“Que o estado faça a política de incremento de leito e consequentemente tenhamos nesta fase agora em que a gente está percebendo que existe um contágio muito grande das pessoas, mesmo com uma hospitalização menor,  mas que haja o leito”, opina.

Segundo ele a quantidade de pessoas contaminadas vai ser muito maior e é preciso estar preparado. “Antes que aconteça o pior e tenhamos de ficar correndo atrás de leitos, eu defendo, que tanto a instituição de Paraíso, Passos, Piumhi e Cássia contemplem estes leitos e tenhamos eles disponíveis para o pior ponto de contaminação que a gente vai ter”, conclui.

Macrossul

Na semana anterior foi realizada a primeira reunião do ano de 2.022 e a 69ª desde o início da pandemia do novo coronavírus dos membros do Comitê Macrorregião Sul covid-19. Na pauta do encontro, os cenários epidemiológico, assistencial e de imunização contra a doença, a vigilância do vírus da influenza H3N2, o monitoramento do plano Minas Consciente, entre outros assuntos. Dentre os participantes da reunião, feita por videoconferência, estavam o juiz federal e diretor da subseção de Passos do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Bruno Augusto Santos Oliveira, e o promotor de justiça estadual Eder da Silva Capute.

Para o promotor é preocupante a possível insuficiência de testes de covid-19 para a população, especialmente para quem precisa se afastar do trabalho por suspeita da doença. “Nós não vamos conseguir testes em número suficiente para a demanda que temos neste momento”, disse, defendendo como solução que o próprio paciente possa se autodeclarar possivelmente infectado, para se afastar do trabalho.

A coordenadora do comitê e superintendente da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos, Kátia Rita Gonçalves disse que irá pedir a colaboração dos superintendentes regionais e dos coordenadores de epidemiologia para que essa questão seja devidamente discutida, alinhada e encaminhada para uma definição.

Outro assunto foi a vigilância dos vírus da influenza H3N2 e covid-19, com ações e encaminhamentos orientados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), apresentado por Patrícia Coutinho Silva, da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da SRS-Pouso Alegre. Patrícia Silva fez um breve histórico sobre a nova variante do vírus da influenza e abordou o protocolo e fluxo de atendimento para síndrome gripal.

“Contudo, considerando a evidência de casos de influenza nas macrorregiões de Saúde do estado, pode-se inferir que existe transmissão sustentada de influenza na maioria das cidades mineiras”, disse.

Também foram assuntos da 69ª reunião do Comitê Macro Sul o relatório de monitoramento do Minas Consciente, com acompanhamento regionalizado, os estoques do “kit de intubação”, a atualização do Plano de Contingência Operativo Covid-19, com a aprovação do Plano de Contingência da Grade Hospitalar pela Comissão Intergestores Bipartite do Sistema Único de Saúde de Minas Gerais (CIB-SUS/MG), a desmobilização de leitos covid-19 a partir de outubro de 2021, além de informes gerais.