O prefeito de São Sebastião do Paraíso informou nesta manhã de terça-feira, 25, que pelo menos duas Unidades de Saúde da Família (USF) poderão ser fechadas. O motivo é o afastamento de médicos, enfermeiros e funcionários que teriam se contaminado pela covid-19. Diante da situação ele já adiantou que o atendimento à população poderá ser centralizado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e também no Centro Covid.
A informação sobre este quadro já havia sido ventilada na segunda-feira,24, quando pelo menos dois médicos pediram afastamento das funções e se isolaram por apresentar sintomas gripais típicos do coronavírus. Nas últimas semanas foram registrados vários casos de enfermeiras e técnicas de enfermagens, além de outros servidores da saúde que se licenciaram para tratar da doença.
Apesar de não terem sido divulgados números oficiais, a reportagem verificou informalmente que eram pelo menos oito casos. Contudo desta vez, foram citados que quatro médicos e três enfermeiras tiveram que se afastar somente neste início de semana.
Marcelo disse que logo pela manhã quando chegou à Secretaria Municipal de Saúde, neste dia está trabalhando a questão. “Estou despachando e tomando as decisões e uma delas que não estamos descartando é a possibilidade de fechamento de algumas unidades por falta de médicos, enfermeiros que tiveram de afastar”, comenta. Uma das medidas emergenciais e provisórias que já foram tomadas é o remanejamento de profissionais. “Em alguns casos estamos funcionando em meio período em um lugar e depois no outro”, admitiu.
É o caso das Unidades de Saúde da Família localizadas nos bairros São Judas e Verona. A mesma situação ocorre com a USF José Bento do Santos (Asilo) e na USF Caic 3 que estão passando por remanejamento. “Assim estamos conseguindo atender as demandas”, comenta.
Ele antecipa que se houver mais dois afastamentos de médico haverá o revezamento do funcionamento das unidades e algumas serão fechadas, numa espécie de rodízio. Esta situação se ocorrer poderá ser mantida por pelo menos cinco a seis dias, de acordo com a necessidade, assegura.
Conforme o prefeito a solução para o problema seria a contratação imediata de funcionários, mas mesmo assim é necessário treinar e capacitar, além de até remanejar para organizar o fluxo. “Estamos avaliando toda a situação e não descartamos termos de centralizar o atendimento na UPA e no Centro Covid nos próximos cinco a seis dias”, admite Marcelo Morais. Ele pediu que a população procure as unidades de saúde somente em casos graves e urgentes neste momento devido a capacidade de atendimento estar reduzida.
Também na campanha de vacinação contra a covid foram registradas baixas. “As meninas estão exaustas, tivemos alguns afastamentos pelo mesmo motivo de contaminação e estamos controlando a situação, sem que haja prejuízo no atendimento das pessoas que vão se vacinar”, opina.
O prefeito acrescenta ainda que não irá ficar pedindo para a população não se aglomerar e cumprir as medidas sanitárias. “Todos sabem que é preciso usar máscara, álcool gel e manter o distanciamento”, descreve.