Polícia Ambiental a princípio não identificou crime ambiental na lagoinha
Por: Nelson Duarte | Categoria: Cidades | 25-01-2022 13:00 | 604
Denúncia ao Ministério Público, Polícia Ambiental, Conselho Municipal de Meio Ambiente (CODEMA) e Coordenadoria Estadual de Defesa dos Animais (CEDA), de que teria ocorrido dano na Praça Santa Paula Frassinetti, Parque da Lagoinha, ocasionado pelo corte de árvores, foi formalizada contra o prefeito Marcelo de Morais. No entanto, segundo o sargento da Polícia Ambiental de Passos, Robson Augusto Domingos, foi realizada a fiscalização nesta segunda (24/1), e, a princípio, não foi identificado nenhum crime ambiental.
A denúncia aponta que “servidores da Secretaria de Obras da Prefeitura Municipal, por ordem do Prefeito Municipal, suprimiram de forma criminosa toda vegetação constante na Lagoinha, ou seja, efetuou cortes de árvores que ali existiam há décadas, sendo que tais árvores abrigavam inúmeros pássaros garças que durante anos tem como sua moradia”.
“Constatamos a presença de grande quantidade de árvores que servem de abrigos para as aves que habitam o local, e isso constará no relatório. Em relação à árvore que foi cortada, havia autorização do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental (CODEMA)”, ressalta o sargento Robson.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Renan Jorge Preto, a Secretaria de Meio Ambiente é a última a querer que uma árvore seja cortada, no entanto, diferentemente de quando está em seu meio natural, dentro da cidade é necessário tomar medidas que preservem a vida das pessoas. “A queda de uma árvore assim, pode causar danos irreparáveis, e só é autorizado o corte quando for constatado os potenciais riscos e precisamos agir preventivamente”, acrescenta.
Em relação às aves que têm habitado em grande quantidade aquele local, Renan ressalta que a Secretaria de Meio Ambiente tem feito estudos para resolver esta questão. “Ali, o problema tem tomado grande proporção e se tornando um problema sanitário. A intenção é fazer o manejo dessas garças da forma menos danosa possível e que cause o mínimo de impacto, para que as pessoas possam frequentar aquela área sadiamente e sem correr o risco de contrair qualquer doença”, diz.
O prefeito Marcelo Morais acompanhou a fiscalização realizada pela Polícia Ambiental. “Fizemos tudo dentro da legalidade. A denúncia que foi feita é infundada e feita por alguém que não tem nada a acrescentar. É algo que me chama a atenção, porque em relação a questão plantio de árvores, já realizamos o plantio de mais de 1200 mudas em Paraíso e não se falou sobre isso na denúncia, mas sobre uma única árvore que precisamos remover para revitalizar toda a Lagoinha até denuncia mentirosa fizeram”.
“Estamos fazendo aquilo que tem que ser feito, dentro da legalidade, dentro do que precede a autonomia do Poder Público de agir. Temos muitas árvores condenadas na Lagoinha, que o CODEMA já está avaliando. Estamos apenas recuperando um espaço público que estava perdido e que vamos entregar para a população, enquanto alguns insistem em mentir continuo a insistir em trabalhar”, finaliza.