Eu estou com medo, dos desafios; dos enfrentamentos de hoje; das novidades do mundo moderno (um dia pensei que isto ia acontecer); pandemias e "otras cositas más". Faz medo sim, sentimento que hoje em dia aflora mais que naqueles tempos de nossa inocência, vivíamos sem saber muito nem de tantas informações, boas e ruins como hoje.
Tínhamos medo, quem não os tinham, mas de menor intensidade e sem preocupações, diferente dos que nós vivemos na atual conjuntura. Aqueles anos dourados! Melhor "era" de todos os tempos: quarenta, cinquenta, sessenta, setenta, oitenta, noventa e dois mil.
Pensem, recordem! "Vivemos em oito décadas diferentes, dois séculos diferentes, dois milênios diferentes". Lembremos da gripe espanhola, mas ainda pegamos coronavírus. Que vida gloriosa era a nossa: infância analógica; uma idade adulta digital e agora um See All Ager, ou seja: vemo-nos em idades, cada qual diferentemente na sua.
Mas agora estou com medo. Por isso, "et voilá", eis a questão!
É. As pessoas são assim mesmo. Umas acham que têm medo, outras fingem que não têm e algumas pensam que não têm. Outras querem ter medo e ainda aquelas que cansaram de ter medo. Essas sim são de verdade.
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com