O maior desafio do homem sobre a face da Terra é a sua sobrevivência. Não é preciso ser um estudioso para perceber que o homem é um animal efêmero sobre o globo na imensidão do Universo.
Será que nós temos conhecimentos da força da natureza?
Veja o vendo que desenraiza árvores, destrói casas, e as chuvas que removem montanhas como esses acontecimentos recentes em Petrópolis.
Lembro-me, agora, das palavras do monge do Monte Saint Michel: “Será que vemos a centésima milésima parte do que existe”?
Mas o homem persiste, seja pela ambição ou mesmo pela teimosia. Quem não se lembra da década de 1980, quando a Serra Pelada foi invadida por milhares de pessoas em busca de enriquecimento por meio do garimpo?
Aliás, o paraisense, major Sebastião Curió, foi o responsável pela organização do maior garimpo a céu aberto do mundo, na Serra Pelada, no Sudeste do Pará. Muitos desses garimpeiros não ficaram ricos e ainda morreram durante o trabalho por desmoronamentos, malária e violência.
Quando eu trabalhava na Universidade de Londrina (PR), conheci o bedel Geraldo, que também fazia parte do Departamento de Anatomia. Sua função era um tanto diferenciada, como formolizar cadáveres de indigentes que chegavam à faculdade, para estudo dos alunos. Mas mais diferenciado era seu hobbie, sair aos domingos visitando arredores da cidade, à procura de metal precioso com seu detector de metais.
Segundo ele, encontrou pequenas peças de ouro, até que um dia deparou-se com uma granada, a levou para sua casa e comunicou à autoridade competente.
Dia seguinte todo quarteirão de sua residência foi evacuado para o resgate da peça, causando pânico no bairro.
Em tom de brincadeira ele dizia: “Quem procura acha”!
E achou mesmo!
Sebastião Pimenta Filho – Historiador