A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso realizará neste sábado,19, a terceira edição do mutirão de limpeza na cidade. Conforme informações da Secretaria Estadual da Saúde os casos de dengue têm crescido em Minas Gerais, inclusive no município paraisense, onde foram confirmados mais de 40 desde o início do ano. A secretaria deverá divulgar um novo boletim no início da semana com informações mais atualizadas de todo o estado.
Para tentar conter o crescimento de novos casos de dengue a Prefeitura por meio do Controle de Zoonoses realizará mais um mutirão de limpeza. Serão atendidos a região dos bairros Nossa Senhora Aparecida, Vila Lobato e Vila Operária. Conforme o coordenador do Controle de Zoonoses, Luciano Santana da Mata, assim como nos mutirões anteriores, este também precisa do apoio da população para que se tenha um resultado efetivo. O objetivo é o de recolher todo material que possa acumular água e se tornar local de procriação do mosquito aedes aegytpti causador da dengue, zica vírus e chicungunya.
O trabalho será realizado em parceria com órgãos como a Cidassp (Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Região de São Sebastião do Paraíso) e a Acas sp (Associação dos Catadores de São Sebastião do Paraíso).
Nas duas primeiras edições do mutirão foram recolhidos em cada uma cerca de oito caminhões de materiais diversos. O Município conseguiu tirar dos quintais, onde se concentram o maior número de focos do mosquito da dengue, grande quantidade de objetos que teve destinação correta, contribuindo ainda mais para que se diminua o número de notificações de casos suspeitos naquela região.
O coordenador de Zoonoses destaca que os mutirões estão sendo organizado de acordo com o número de casos notificados da doença no Município, ou seja, por setores, sendo atendidos primeiro aqueles onde o índice, tanto de notificação quanto de infestação é maior. “Com a ação, esperamos que o número de casos continue diminuindo, mas precisamos do apoio da população, que deve sempre estar atenta aos seus quintais e não descartar materiais irregularmente”, ressalta.
Segundo a SES/MG até o dia 15 de março, Minas Gerais registrou 10.322 casos prováveis (casos notificados exceto os descartados) de dengue. Desse total, 3.885 casos foram confirmados para a doença. Um óbito foi confirmado pela doença no estado, e seis óbitos são investigados até o momento. Na mesma data, o boletim epidemiológico divulgado apontava que em Paraíso foram registrados 42 casos de dengue e um de chicungunya. A expectativa é de que até a próxima terça-feira, 22, seja divulgado um novo balanço.
Em relação à febre chikungunya, no estado foram registrados 626 casos prováveis da doença, dos quais 84 foram confirmados. Até então, não há nenhum caso de óbito confirmado, ou mesmo investigado, por chikungunya em Minas. Quanto ao vírus zika, foram registrados 16 casos prováveis, sendo um confirmado para a doença. Também não há óbitos por zika em Minas Gerais até o momento. Em função do crescimento do número de casos destas doenças os gestores públicos e toda a população estão sendo alertados quanto aos perigos da proliferação dos casos em Minas Gerais.
Ainda segundo Luciano Santana a população está concentrando esforços no combate ao coronavírus, mas não pode se esquecer dos cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, uma vez que os casos de internação podem aumentar, causando problemas ao sistema de saúde. “Pedimos a colaboração de todos, seja juntando o lixo de casa, todo material que possa acumular água, que coloque na porta de casa ou facilite o acesso dos nossos agentes que farão o recolhimento de tudo aquilo que puder ser dispensado”, acrescenta.
A principal forma de transmissão da doença é pela picada do mosquito. Há registros de transmissão vertical (gestante – bebê) e por transfusão de sangue. A infecção por dengue pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele.
Ajude combater os focos do mosquito da dengue. O que fazer: