Cinzelando a pedra intangível
Do malho é tanta batida
Pra entrar no prumo e no nível
É trabalho para uma vida
Mão estável, de homem livre
Firmes punhos feitos de aço
Para que donde a ponta crive
Jamais se desvie o compasso
Tão forte quanto a alavanca
Há de ser o ponto de apoio
A régua mede precisa e franca
Feito as horas do dia em comboio
Estando a pedra lapidada
Polida, justa e perfeita
Ao Arquiteto será levada
E no trabalho será aceita
Com a obra realizada
A trolha descansa ao final
Segue a alma purificada
Deixa na terra o sujo avental.
“Poemas Classificados” Bruno Félix