Quantas vezes, nós tentamos infinitamente controlar a situação. Quantas vezes, a vida escapa pelas mãos como água escorregadia que não se pode aprisionar. Fazemos isso com o amor, trabalho, família.
Muitas vezes, trabalhamos para comprar aquela casa ou trocar de carro. Esquecemos de viver. Perdemos o delicado voo da vermelha joaninha. Não vimos o lindo pôr-do-sol. Coisas tão simples e caríssimas.
Nós perdemos tempo com muita bobeira. A vida passa. Envelhecemos. Teremos casa, carro e um coração vazio. A felicidade não está nos objetos. Isso é uma ilusão.
Acorde cedo. Sorria no espelho. Diga bom dia. Ria de você mesmo. Faça palhaçadas. Você vai morrer um dia. O que vai guardar serão as lembranças num porta retrato na sala. Todos sorriem na fotografia.
Amigo, sente-se na praça. Sinta a brisa a acariciar o seu rosto enquanto bagunça os seus cabelos com suavidade. Esqueça do tempo. Sinta a existência a pulsar no sangue da sua vida.
Viver não cabe uma racionalização. É preciso sentir a vida. Eu sinto muito. A vida às vezes dói bastante. É nessas horas que valorizamos as coisas boas da existência.
Tudo na vida passa. Até a uva-passa. Na vida, somos como o ônibus. Apenas o motorista e o cobrador não são passageiros. O resto, é tudo passageiro. Tudo passa. Aproveite o instante.
Ivan Maldi é psicólogo efetivo no município de Pratápolis, especialista em psicanálise, pós-graduado pela Universidade Federal do Maranhão, membro efetivo da Academia Paraisense de Cultura. Realiza atendimento on-line (ivanmaldi@hotmail.com)