POLEPOSITION

F1 tem nova cor: o azul, da Red Bull

Por: Sérgio Magalhães | Categoria: Esporte | 20-06-2022 08:39 | 378
A espetacular largada de Pérez no Azerbaijão, que abriu caminho para mais uma vitória de Verstappen
A espetacular largada de Pérez no Azerbaijão, que abriu caminho para mais uma vitória de Verstappen Foto: FIA

Depois de anos de domínio da cor prata, ora preto, da Mercedes, e um tímido ensaio do vermelho da Ferrari no começo do ano, a F1 tem uma nova cor predominante: o azul marinho, da Red Bull.

Domingo passado, no Azerbaijão, a Red Bull conquistou a 81ª vitória na F1 com Max Verstappen chegando em primeiro depois de 51 voltas que se tornaram sonolentas após o abandono de Leclerc antes da metade da prova. Foi a 5ª vitória consecutiva da equipe na temporada, a 5ª de Verstappen no ano, e o 2º lugar de Sergio Pérez deu ao time austríaco a 20ª dobradinha na categoria, a 3ª do ano.

Verstappen e Pérez agora são líder e vice-líder do campeonato, posições que a Red Bull não obtinha desde 2011 quando seus pilotos eram Sebastian Vettel e Mark Webber.

A Ferrari outra vez deu chabu. Pela quarta vez seguida, Charles Leclerc não conseguiu capitalizar a pole position em vitória. Com 20 das 51 voltas da corrida, a equipe começou a juntar as tralhas rumo ao Canadá. Carlos Sainz abandonou na 9ª volta com problemas hidráulicos, e na 20ª o motor de Leclerc foi para o espaço. Antes do fim da prova, os boxes da Ferrari já estavam desmontados. Um vexame.

Enquanto isso, George Russell vem comendo pelas beiradas. Obteve o 3º pódio do ano e está apenas 17 pontos atrás de Leclerc e 16 a frente de Sainz, em 4º. É muita presunção achar que o jovem britânico possa superar Leclerc com o instável carro da Mercedes, mas a Ferrari tem contribuído para tanto.

Nas últimas cinco corridas, Verstappen somou 125 pontos, Pérez 99, Russell 62 e Leclerc 45.

Um terço da temporada já foi comprido e as equipes ainda não conseguiram resolver os indesejáveis quiques dos carros nas retas. Uns mais, outros menos, mas todos os carros estão pulando que nem pipoca, um fenômeno provocado pelo regulamento deste ano. A Mercedes é quem sofre mais.

Alguns pilotos já estão sentindo esses impactos no corpo. Lewis Hamilton teve dificuldades para entrar no carro e mais ainda para sair, e rezou para a corrida do Azerbaijão acabar logo, de tantas dores nas costas. Pierre Gasly fez um apelo forte para que a Federação Internacional de Automobilismo fizesse alguma coisa para impedir que os pilotos acabem precisando usar bengalas aos 30 anos.

Pressionada, a entidade resolveu agir já a partir deste final de semana, aplicando uma diretiva técnica que na pratica determinará uma altura mínima dos carros em relação ao solo de acordo com as características do asfalto de cada pista.

A F1 está de volta ao Canadá depois de dois anos fora por conta da pandemia, e para a Ferrari o desafio será grande depois de quatro dos seis carros que usam seu motor apresentarem problemas mecânicos no Azerbaijão, e uma semana depois ter pela frente o Circuito Gilles Villeneuve que exige muita potência.

Verstappen lidera o campeonato de pilotos com 150 pontos, contra 129 de Pérez e 116 de Leclerc. A Red Bull já começa a sobrar entre os Construtores com 279 pontos contra 199 da Ferrari e 161 da Mercedes.

A classificação para o GP do Canadá acontece hoje às 17h, e a corrida amanhã às 15h, tudo ao vivo na Band, que renovou por mais três anos a exclusividade de transmitir a F1 para o Brasil, até o final de 2025.