Resumo de São Paulo e final com despedidas
Por: Sérgio Magalhães | Categoria: Esporte | 20-11-2022 11:33 | 691
O Hamilton cidadão honorário brasileiro, que desfilou com a bandeira do Brasil antes da corrida e levou as arquibancadas abaixo a cada ultrapassagem e aparição ao público. A belíssima interpretação do Hino Nacional na voz da cantora Iza. O primeiro “God Save The King” tocado na F1 - desde o nascimento da categoria em 1950, apenas “Deus Salve a Rainha” fora executado em vitórias de pilotos e equipes britânicas, o que da uma dimensão da longevidade do reinado de Elizabeth II, que faleceu em setembro.
O anúncio de que Enzo Fittipaldi fará parte da academia de jovens pilotos da Red Bull. A inesperada pole position de Kevin Magnussen com a nanica Haas. O próprio Kevin liderando as duas primeiras voltas da sprint no sábado, e George Russell com a frieza como se fosse um veterano ao comandar sua primeira vitória na F1 e a primeira dobradinha da Mercedes no ano. A treta da Red Bull com Verstappen dando chilique ao se recusar dar passagem para o companheiro de equipe que luta pelo vice-campeonato de pilotos.
O impacto econômico de R$1,37 bilhão que o Grande Prêmio trouxe para a cidade de São Paulo, a rede hoteleira lotada, o público recorde de 235.617 pessoas que passaram por Interlagos nos três dias de evento, a presença do público feminino cada vez maior nas arquibancadas, a Esquadrilha da Fumaça que coloriu o céu nas comemorações dos 50 anos de F1 no Brasil, e tamanha demanda já levou a organização do GP a colocar ingressos à venda desde a última quarta-feira para o GP de São Paulo do próximo ano que já tem data marcada: 5 de novembro.
Interlagos é show. A impressão que passa é que a pista atiça os pilotos a darem 100% e um pouco mais de si e dos carros quando chegam aqui, independente de os campeonatos de pilotos e de construtores estarem decididos.
O JORNAL DO SUDOESTE testemunhou tudo isso de perto em mais uma cobertura in loco do GP de São Paulo, um grande orgulho, diga-se, para um veículo do interior mineiro entre as grandes publicações nacionais e internacionais reunidas na sala de imprensa de Interlagos.
A F1 voou direto de São Paulo para Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, onde neste domingo encerra-se a temporada mais longa de sua história depois de 22 GPs.
Em jogo, a vice-liderança do campeonato de pilotos entre Charles Leclerc da Ferrari, e Sergio Perez da Red Bull, empatados em 290 pontos com vantagem para Leclerc por ter uma vitória a mais, e a Mercedes que tenta superar a Ferrari pela segunda posição entre os construtores.
Christian Horner, chefe da Red Bull, tentou colocar os pingos nos ‘is’ e garantiu que Verstappen ajudará o companheiro de equipe a conquistar o vice-campeonato. A birra do holandês é por causa de um incidente que ficou entalado em sua garganta desde a classificação para o GP de Mônaco em que Perez teria simulado uma batida na última volta, impedindo que Verstappen melhorasse seu tempo. Perez largou na frente do holandês e venceu a corrida.
Mas o mexicano não escondeu sua insatisfação com Vertappen dizendo que “se ele (Verstap-pen) tem dois campeonatos, é graças a mim”.
Foi lá mesmo em Abu Dhabi na controversa decisão do ano passado que Perez travou um lindo pega com Hamilton que foi fundamental para que Verstappen vencesse o campeonato.
A última corrida do ano marca algumas despedidas da F1. Sebastian Vettel vai se aposentar aos 35 anos depois de 299 GPs, 53 vitórias, 57 poles e quatro campeonatos.
Outras despedidas serão as de Daniel Ricci-ardo, que fez temporada abaixo da crítica com a McLaren, e de Mick Schumacher, filho do heptacampeão, Michael Schumacher, que não correspondeu às expectativas da Haas e será substituído no ano que vem por Nico Hulkenberg.