ELE epor ELE

André Rodrigues Pádua

Por: Nelson Duarte | Categoria: Entretenimento | 05-02-2023 07:58 | 1954
André Rodrigues Pádua
André Rodrigues Pádua Foto: Arquivo Pessoal

Formado em Direito, vocacionado para a boa música, o advogado paraisense André Rodrigues Pádua completará 26 anos em março. Filho de José Roberto Avelar de Pádua e Rosemary Rodrigues de Pádua, aos 11 anos já escutava Eric Clapton e os legendários Beatles, o que o levou a estudar guitarra. Circulou pelo blues e se identificou com a música popular brasileira que interpreta com voz e violão, harmonia rica em dissonância, especialmente sambas da melhor qualidade. Em 2021 produziu o vídeo “Violão e Prosa com Noel Rosa”, disponível no YouTube.

Quando lhe perguntamos, quem é André Pádua, ele ponderou: “Um dia, quem sabe, eu descubro“...
Minha infância e adolescência foram, no geral, bastante tranquilas. Muito estudo e sempre na companhia de amigos e familiares. Um fato especialmente marcante foi a primeira vez que toquei na noite, aos quinze ou dezesseis anos. Na época, como eu ainda era menor de 18 anos, não tinha sequer idade para entrar no bar em que seria a apresentação. No fim das contas, tudo correu bem e o nervosismo da situação virou um tempero a mais para a lembrança.

Completei tanto o ensino fundamental quanto o ensino médio no Objetivo, em São Sebastião do Paraíso. Sempre estudei muito (até mais do que deveria!) e tive bom rendimento escolar, mas mesmo assim nunca deixei de reservar algum tempo para passar com os amigos - o que é muito importante também.

Decidi que cursaria Direito no último ano do ensino médio. Não tive nenhuma influência especial nesse sentido porque, apesar de meu pai ter se formado em Direito também, ele nunca chegou a exercer qualquer profissão na área. Estudei em Franca, na UNESP e concluí no ano de 2019. Atualmente, após algumas idas e vindas, tenho tido pouca atuação na área, apesar de gostar bastante do assunto.

E com a música, como foi o primeiro contato?
Nem eu sei; tenho lembranças muito antigas de contato com música. O que posso falar é que desde sempre a música esteve presente em minha casa e nos lugares em que frequentava na companhia de meus pais. Também possuo familiares que são músicos. Aos 11 anos comecei a estudar guitarra porque gostava muito de escutar Eric Clapton e os Beatles.

Tinha ouvido referência a seu respeito, musicalmente falando, e depois, o prazer de ouvi-lo e constatar seu bom gosto musical, interpretação e harmonia no violão. De onde veio esta influência?
Obrigado pelos elogios! A música esteve o tempo todo muito presente na rotina da minha família, e nunca restrita a um só gênero - de Bob Dylan a Paulinho da Viola, passando pela Elba Ramalho. Quando comecei a tocar guitarra, gostava de rock. Depois, fui enveredando pelo blues até que, mais recentemente, passei a escutar quase que somente música brasileira, sobretudo samba. Sair do rock para o samba é quase como aprender a tocar novamente: a linguagem é outra, bastante diferente em termos de ritmo e harmonia. Sigo na peleja!

Nessa “peleja”, você produziu um vídeo, projeto com suporte na Lei Aldir Blanc em que retratou a história e obra do compositor Noel Rosa, ícone da música popular brasileira. Comente sobre esse projeto.
Em 2021 realizei o projeto “Violão e Prosa com Noel Rosa” com os recursos da Lei Aldir Blanc. É um vídeo musical no qual eu apresento algumas canções do repertório do Noel Rosa enquanto vou intercalando com informações sobre a vida do compositor carioca, a estética do samba e a história do Brasil. Está disponível no YouTube. Gostei muito de trabalhar nesse projeto porque tive de fazer uma pesquisa razoável e acabei aprendendo muito com a experiência. Além disso, conheci um repertório muito rico do ponto de vista musical e poético.

Como forma de fomentar a cultura, novos editais da Lei Aldir Blanc foram abertos. Você pretende ingressar com novo projeto?
Com certeza. Dessa vez, estou pensando em fazer alguma coisa relacionada, focada em compositores mineiros, também de samba. Até lá, vou amadurecendo a ideia.

Quais compositores e intérpretes você tem ouvido?
Tenho gostado muito de ouvir o Nei Lopes, que é um sambista e pesquisador das culturas africanas também formado em Direito. Além dele, tenho ouvido bastante a Maria Bethânia e o João Bosco e muita música instrumental - Banda Black Rio, Lincoln Olivetti e Robson Jorge, Herbie Hancock e coisas do tipo.

O que André Pádua gosta de fazer em horas vagas?
Reunir com amigas, amigues e amigos para tomar uma cerveja, cantar, conversar e ouvir música.

Quais são seus planos para os próximos anos?
Estudar bastante música e me cercar de pessoas que tocam, para nunca deixar de aprimorar e aprender.