Era um dia qualquer como qualquer outro. O vento era suave como a brisa do mar. Não havia muitas expectativas.
A banda tocava e cantava com alegria. As mesas estavam muito bem posicionadas. A comida tinha sabor de amor. Era a festa da solidariedade.
As Obras Sociais Bezerra de Menezes iriam se beneficiar daquilo tudo. Muitas pessoas envolvidas. Eram voluntários, pessoas que compraram ingressos, doadores de alimentos. Qual o preço disso tudo? O amor não tem um valor monetário. Vai muito além.
Bebíamos alegria e éramos abraçados pelo contentamento. A esperança por dias melhores percorria o salão com um longo e lindo vestido verde esmeralda.
O que tinha de diferente? No início do texto refiro-me como um dia comum. As emoções são concretas? Tinha uma diferença? Como dizer? Não me cabem palavras.
As pessoas conversavam, dançavam e cantavam. Estavam entorpecidas pelo amor. Era viciante.
O que dizer disso? De tudo quem nossos olhos viram... Não consigo dizer, apenas sentimos.
A religião não importa quando somos solidários. Liberdade é fundamental. Tinham espíritas, católicos, evangélicos, umbandistas, budistas, ateus, entre outros. São todos seres humanos e nada mais.
A solidariedade rompeu a barreira das diferenças. Eram todos iguais.
Levei algo embora. Não era um objeto de furto. Algo inexplicável. Felicidade? Talvez. Não sei dizer.
Ivan Maldi