A pauta da sessão da Câmara desta semana prometia trazer respostas sobre a questão da entrada e saída de veículos de um atacarejo situado às margens da rodovia MCG-491, em São Sebastião do Paraíso, que tem gerado preocupação e debates em torno do risco de acidentes no local. Isso porque estava previsto que representantes do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) e do estabelecimento comercial usariam a tribuna para falar sobre o assunto. Porém, após a reunião do Legislativo, ficaram mais dúvidas do que esclarecimentos.
A pedido do vereador Marcos Vitorino, a Câmara convidou o coordenador da 24ª Unidade Regional DER-MG, Gaspar Ponciano da Silva, para prestar esclarecimentos a respeito do acesso à rodovia MCG-491 pelos clientes do ABC Atacado e Varejo, uma vez que muitos condutores que saem do estabelecimento preferem fazer a travessia da pista sentido Paraíso/Monte Santo de Minas e realizar a conversão proibida à esquerda para voltar à cidade do que dirigir por um quilômetro e utilizar o retorno existente no trecho.
Entretanto, o coordenador regional do órgão ligado ao governo estadual não compareceu à sessão realizada na tarde de segunda, 18, e tampouco enviou representantes e nem apresentou justificava para sua ausência. O vereador Lisandro Monteiro criticou o “descaso” do DER-MG com a situação. “Se for esperar a DER, não vão fazer nada. Desde o mandato anterior, nós temos cobrado a presença do Gaspar aqui, e eles nunca aparecem. Eu até já enviei um ofício questionando para que serve o DER, mas é claro que eles não responderam. É uma falta de respeito, eles não consideram ninguém. É uma perda de tempo chamá-los aqui”.
Já pelo lado do ABC Atacado e Varejo, compareceu à tribuna o gerente da loja de Paraíso, Yan Caique Bueno, que informou que a empresa está instalando barreiras de concreto entre as pistas da rodovia, de maneira provisória, a fim de impossibilitar a travessia irregular dos condutores que frequentam o estabelecimento. Segundo o funcionário, cada peça da barreira pesa cerca de uma tonelada. Em julho, o ABC já havia instalado pinos sinalizados no local para conter os infratores, contudo, parte dos dispositivos foi removido dias depois e as travessias continuaram ocorrendo.
Apesar dos esclarecimentos a respeito das medidas paliativas por parte do atacado, Bueno não soube responder aos questionamentos de vereadores em relação a possíveis projetos para a solução do problema, fosse a criação de uma nova saída de veículos ou, então, a construção de um trevo de acesso na rodovia, em frente ao mercado. De acordo com o gerente, a empresa possui um departamento de engenharia e construção e que todas as questões levantadas pela Casa seriam encaminhadas por ele ao setor.
Em dezembro do ano passado, o Jornal do Sudoeste recebeu informações de que caberia à empresa proprietária do atacado e varejo proceder as adequações e construir alça de acesso e saída, sendo que esta já havia sido autorizada por órgãos competentes do Estado e a Prefeitura já a teria notificado o ABC para que a obra fosse realizada.
Em nota enviada à reportagem no mês passado, o DER-MG limitou-se a informar que a responsabilidade pela execução de um trevo de acesso ao atacado é do próprio empreendimento. “O DER-MG já aprovou o projeto da obra e tem feito tratativas com a empresa para agilizar a implementação do acesso regular.