O presídio de São Sebastião do Paraíso está sob investigações da Polícia Civil que apura inúmeras irregularidades que vinham acontecendo dentro da unidade. Diante das apurações, o diretor geral da Unidade, Rodrigues Junqueira, pediu afastamento para preservar o curso das investigações que apontam irregularidades que teriam acontecido em gestões passadas e que, segundo informações de fontes a serem preservadas, ele estaria sendo alvo de conspiração. Atualmente, o presídio está sob a direção de Sérgio de Assis Souza, que respondia pela seção de assessoria de informação e inteligência da Unidade.
O vereador e presidente da Comissão de Direito Humanos da Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, Sérgio Aparecido Gomes, informou que tem conhecimento das denúncias em fase de apuração no Presídio e que na próxima semana deve fazer visita ao local para acompanha situação. Informações dão conta de que apurações, que envolvem diversos crimes, entre eles ponto forjado de presos em regime semiaberto e que não assinaram o livro de presença, ocorreram anteriores a gestão de Rodrigues Junqueira Costa.
Costa, por sua vez, teria sido acusado por uma agente penitenciária, com quem foi encontrado drogas, e que é investigada por facilitar a entrada do material na Unidade, de armar para a servidora. A agente penitenciaria havia sido transferida de Passos para Paraíso por problemas dentro da Unidade passense. Segundo informações, Rodrigues teria instaurado Investigação preliminar para apurar informações de denúncia anônima de que entraria na unidade materiais ilícitos, tendo sido realizado busca nos pertences de servidores, quando foram encontrados cinco pinos de cocaína e aparelho celular dentro de um invólucro nos pertences de uma agente.
A servidora teria negado posse dos materiais e disse que alguém estava armando para tentar prejudicá-la. Após ser autuada em flagrante e encaminhada a Delegacia de Polícia, a mulher chegou a dizer que era perseguida por Junqueira, que foi responsável duas vezes pela avaliação de desempenho da servidora, apontando bom desempenho dos trabalhos da agente. A mulher foi indiciada até que se conclua as investigações policiais e o caso foi reportado a Subsecretaria de Administração Prisional do Estado.
Outra polêmica envolvendo o presídio está a rejeição do novo diretor designado. Presos chegaram a fazer abaixo assinado pedindo a remoção do servidor, alegando que não existe respeito com visitas e clamando por melhorias, entre elas banheiros, setor de carta e refeição.
As investigações estão sendo conduzidas pela delegado Rodrigo Bittar, que esteve no presídio na última semana para recolher documentos e dar andamento no caso que, segundo informou, não poderia dar detalhes pois corria sob segredo de justiça.