O gosto de plantar, acompanhar o nascimento, ver florescer, depois os frutos gerados, vêm desde os tempos de criança, convivendo, respeitando e se interagindo com a Natureza. E são incontáveis as árvores plantadas por Joaquim Clodoveu Martins (Quinzinho), ao longo de seus 84 anos. No canteiro central de um trecho da avenida Darcio Cantieri, há dezoito anos ele fez o plantio de sementes de ipês rosa, que geraram outras mudas. E continuou plantando. Hoje em dia há outras espécies da flora, inclusive frutíferas.
Amante da Natureza, se dependesse dele, o município paraisense estaria todo arborizado. “Paraíso está precisando de árvores, mas não se pode fazer a bobagem de planta-las para serem cortadas depois. Há de se escolher a espécie apropriada para cada local. Aquelas ao lado da Biblioteca Professor Alencar Assis, antiga rodoviária, foram plantadas pelo prefeito Geraldo Froes. Olhe o tamanho que estão. Tiraram muitos galhos, o que diminui bastante a possibilidade de serem derrubadas pelo vento, possivelmente vão viver ainda alguns anos, se não mexerem com elas, mas não é a indicada para aquele local”, explica.
Outras espécies, por terem troncos grossos e raízes extensas acabam danificando calçadas, e são muitas que vemos intransitáveis em vias públicas paraisenses. Uma alternativa seria o plantio de ipês mirins, árvore que pode alcançar de quatro a seis metros, é bastante ramificada, produz flores que são uma beleza, o ano todo, e se encaixa perfeitamente com Paraíso, a “Cidade dos Ipês”, observa Quinzinho Martins.
Na região rural Viramundo, onde residiu com seus pais e irmãos, e depois teve sua fazenda, ele diz “ter conservado as que recebeu e ter plantado outras mais. Quando vendeu a propriedade, solicitou aos compradores que gostaria de “reservar algumas árvores”, não com a intenção de retira-las depois, mas de preserva-las. “Plantar árvores é praticamente uma obrigação”, afirma. “Todos os locais onde morei, deixei no mínimo uma árvore plantada”.
Em um trecho do canteiro central da avenida Darcio Cantieri, Quinzinho plantou cerejeiras, amoreiras que estão produzindo, ipês (roxo, amarelo e rosa), o branco que estava bem desenvolvido foi quebrado, e será substituído. Há ainda as espécies Santa Bárbara, jatobá, mangueiras, acerolas e até pau-brasil, pés de limão e laranjeiras que recebem adubação na época propícia, e são desbrotadas a tempo e hora, para ganharem força no crescimento. Folhas que caem e formam sujeira eu varro, diz Joaquim Clodoveu Martins.
“Se tivesse pensado nisso antes, teria plantado em toda a extensão do canteiro central da avenida, de fora a fora. Gosto das plantas”, conclui.