Todo dia você acorda e tem uma segunda chance de fazer o que quiser, de ser quem quiser e pedir o que quiser, e escrevendo por aqui. E o meu petitório continua, por que não um “Centro de Memórias” para Jacuhy histórica desde muito. Como o tempo voa, sem dó, nem piedade, implacavelmente. São dezoito anos passados quando do início do movimento “Museu de Artes de Jacuí”. Estávamos no ano de 2001. A missão do cidadão jacuiense é antes de tudo converter a Jacuí, tão desfigurada pelo colonialismo cultural imposto pelas cidades ricas, em uma cidade real e, também lutar contra a alienação que estamos submetidos, tomando consciência de que a preservação da Memória Cultural é patriotismo.
Mas, os pensadores de hoje, acham que o “velho” é coisa do passado que não existe na modernidade, não importando o que representou. Jacuí foi o princípio da colonização de Minas Gerais. Jacuí fundia e partia o ‘ouro’ na Casa da Moeda e mantinha correspondência com o Imperador e com os primeiros Presidentes da República (Arquivo Público Municipal).
Jacuí, por volta de 1.860 tinha sete hotéis e outras tantas pensões, acreditem, e era chamada de “Cidade Pousada”. Era hospitaleira e sabia receber seus visitantes. Taí, a importância de um Museu ou Centro de memórias, antes e do que restou... não é isso Senhora Prefeita Maria Conceição a Di Professora.
O importante de um projeto assim, é a possibilidade de termos nossa história preservada. Sem essa preservação, a história, contada e escrita, não existe. Vale lembrar: Museus e/ou Casa de Memórias, são instituições nas quais se reúnem e classificam coleções de objetos que apresentam interesse histórico, científico e, sobretudo artístico. Tem a finalidade de velar pela conservação desses objetos e de utilizá-los para o desenvolvimento dos conhecimentos facultando ao público de agora, suas coleções. Façamos história, definindo uma política cultural para nossa cidade.
É! Mostremos através do acervo, objetos, a memória guardada em fotos e mais o que puder atestar uma trajetória memorável de dois séculos. Para os habitantes pontuais, o “Centro de Memórias ou Casa das coisas”, não é apenas um depósito de história passada.
Em passado recente a então Superintendente de Museus do Estado de Minas Gerais, Ana Werneck, me disse que toda cidade deveria ter um museu. Espaço de meditação da história local, regional e de sua população. E para mim que escrevo e insisto no tema há algum tempo, não espero ficar em brancas nuvens. É tempo, espero rolar. Vida longa e mundo pequeno, mesmo tempo que esperei nascer, crescer aqui e viver AQUI, esperando o final feliz, não deixe o tempo se arrastar sem fim.
Fernando de Miranda Jorge - Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com