O jornalista ‘Dídimo de Miranda Paiva’ (1928-2019), mineiro de Jacuí, sua “terrinha” como a tratava, não acreditava no fim do jornal impresso. Tudo poderia acontecer na mídia escrita, menos o fim dele. Os grandes noticiários viram tabloides, mudam o escopo, mudam o layout, mas nunca serão extintos. Defendia assim: “Os Jornais não podem salvar o mundo, mas podem torna-lo melhor, se divulgar tudo que a todos convém, vergastar os excessos dos poderosos e ser vigia indormido da verdade e respeito aos direitos humanos.
Dele ainda: Corrigir-se, reformar-se, não ter vergonha de retificar notícias equivocadas ou erradas, eis a questão da imprensa. Como estaria hoje diante da atual realidade jornalística o combativo editorialista, DP que foi “um quixote, como jornalista e ser humano, sempre disposto a enfrentar vendavais”? (Do Ex-presidente do STF Ministro Carlos Mário Veloso, amigos na juventude).
Então, fabricam acontecimentos e histórias para narrar uns aos outros convencendo-nos reciprocamente de que existimos e existiram mestres que honraram a prática social contextualizada. Apesar dos manuais de redação continuarem a advogar condição de legitimidade do jornalismo, difundiu-se o reconhecimento de que as notícias e reportagens, são produzidas por meio da seleção e classificação dos fatos, a partir de categorias intrinsicamente ideológicas.
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
fmjor31@gmail.com