CRÔNICA - Joel Cintra Borges

O espírito do Natal

Por: Joel Cintra Borges | Categoria: Cultura | 18-12-2017 17:12 | 7317
Foto: Reprodução

Na azáfama de fim de ano, escolhendo os presentes de Natal, ou preparando as ceias, quase sempre nos esquecemos da figura principal dessas celebrações: Jesus.
Pouquíssimas pessoas tiram dez, quinze minutos, para meditar sobre essa figura extraordinária, Espírito quase que infinitamente mais elevado do que nós, que aceitou a árdua tarefa de reencarnar em um planeta rude, atrasado, para não apenas ensinar, mas exemplificar, o verdadeiro significado da palavra Amor.
Podia ter nascido em berço de ouro, ser filho do maior rei que houvesse na Terra, e falar de cátedra, ditar ordens para que as pessoas se amassem, mas, sabia que assim não daria certo. 
Porque o ensinamento verdadeiro vem de mansinho, vem da base, não pode ser inculcado à base de decretos.
E nasceu da maneira mais humilde possível: numa manjedoura, que é um cocho usado para dar comida às vacas, aos cavalos. Filho de José, um carpinteiro, e de Maria, uma dona de casa. 
Desde cedo trabalhou com seu pai na carpintaria, dando a todos nós o exemplo de ganhar o pão com o suor do rosto. No entanto, seu brilho não tinha como ser escondido. Assim, quando ia ao templo com seus pais, nas simples conversas com os sacerdotes, era ele, criança, que ensinava. 
Aos 33 anos deixou Nazaré, a cidade onde vivia com sua família, e iniciou seu magistério, que terminaria numa cruz, entre dois ladrões, no Monte Calvário.
Curou muitas pessoas pelo simples toque de suas mãos, ou até pelo pensamento, porque tinha um conhecimento superior, dominava os fluidos e os elementos. Assim, quando falava a um paralítico:
–  Levanta-te e anda! – certamente ordenava às células, às moléculas, aos átomos, que tomassem novas posições, de maneira que as pernas da pessoa ficassem normais.
O conhecimento que nos deixou, sintetizado nos quatro Evangelhos, mantém-se atual e de uma sabedoria ímpar, depois de passados dois mil anos, jamais sendo igualado por qualquer dos sábios do passado ou dos tempos modernos. 
E então, será que não vale a pena meditar um pouquinho sobre o aniversariante, sua mensagem, aquilo que ele quis verdadeiramente ensinar a todos nós?