“Olha, no teu jardim, as flores entreabertas
e nunca as pétalas caídas.
Contempla, em tua noite, o fulgor das estrelas,
e nunca o chão escuro.
Observa, em teu caminho, a distância
vencida e nunca a que ainda falta.
Guarda do teu olhar, os brilhos de
alegria e nunca as névoas de tristeza.
Retém, de tua voz, risadas e canções e nunca gemidos.
Grava, em tuas pupilas, o nascer das
auroras e nunca os teus poentes.
Conserva no teu rosto as linhas do
sorriso e nunca os sulcos do teu pranto.
Conserva de teus pés os passos retos,
puros esquece os transviados.
Guarda de tuas mãos as flores que ofertaram,
esquece espinhos que, talvez, ficaram.
De teus lábios conserva as mensagens
bondosas, esquece as maldições.
Relembra o heroísmo das tuas escaladas,
esquece o prazer fácil das descidas.
Conta e mostra as medalhas das tuas vitórias,
esquece as cicatrizes das derrotas.
Olha de frente o sol que existe em tua vida,
esquece a sombra que te fica atrás.
A flor que desabrocha é bem mais
importante do que mil pétalas caídas.
Um só olhar de amor pode levar consigo
calor para aquecer muitos invernos.
A bondade é mais forte em nós e dura mais
do que o mal que nós mesmos praticamos.
Sê otimista, e não esqueças de que é no fundo das noites sem luar que brilham mais forte nossas estrelas”
(autor desconhecido)