Não há riqueza que pague
O preço justo da resposta
À pergunta chave da vida
Do começo, meio e fim
Quando penso fugir do "quem sou?"
Sempre tropeço no "a que vim?"
Posso estar cego, mas procuro ver
Há mais que cartas nesse baralho
Não somos peças no tabuleiro
Somos mais que apenas trabalho
De sol a sol, de janeiro a janeiro
Até onde vale o comprar e vender?
Contando a vida em cada boleto
Um dia acordei e gritei: caralho!
Nos fizeram de máquinas sem afeto
Meras máquinas de dinheiro.
“Poemas Classificados”
BRUNO FÉLIX