CRÔNICA - Joel Cintra Borges

Candido Portinari

Por: Joel Cintra Borges | Categoria: Cultura | 12-02-2018 16:02 | 25853
Foto: Reprodução

Filho de imigrantes italianos pobres, Candido Torquato Potinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, em uma fazenda de café no município de Brodowski,  pequena cidade no interior de São Paulo, 
Muito cedo demonstrou sua aptidão para o desenho e a pintura, bem como muita coragem e enorme capacidade de trabalho. Aos 15 anos de idade partiu para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes, onde logo se destacou, despertando o interesse de seus professores e da imprensa.
Quando completou 25 anos, ganhou a medalha de ouro em uma exposição de sua escola, bem como o prêmio de uma viagem à Europa.
Permaneceu dois anos em Paris, tendo convivido com grandes nomes da pintura mundial. Esse contato com o movimento artístico europeu marcou muito seu estilo. Aliás, uma das características de Potinari é o ecletismo: ele incorporava à sua arte, com enorme facilidade, os estilos que lhe agradavam. No entanto, sua pintura, classificada como modernista, nunca abandonou os personagens e a temática brasileira. A escolha dos temas e das cores sempre foi seu forte.
Em Paris conheceu a mulher de sua vida, Maria Martinelli, uma uruguaia de 19 anos, com quem passaria o resto de seus anos e com quem teve um filho, João Candido Portinari, professor de matemática e escritor.
Candido Portinari é o pintor brasileiro mais conhecido e mais prestigiado no exterior, tendo até dois grandes murais, cujos nomes são Guerra e Paz, na sede da ONU. em New York. Tem mais de 5.000 obras, que variam de pequenos esboços a enormes murais, que se se encontram espalhadas pelo mundo.
Morreu no Rio de Janeiro em 6 de fevereiro de 1962, ainda novo, uma vez que tinha menos de 59 nos, de intoxicação por chumbo, um elemento muito presente nas tintas que usava.