O músico Juliano Carlos Reis, mais conhecido em Paraíso, como Biju, é um rapaz batalhador que já fez de tudo um pouco nessa vida: trabalhou em tapeçaria, vendeu sorvete na rua, entregou panfletos, jornais e revista, foi instrutor de Tai Chi Chuan, teve banca de jornal e hoje divide seu tempo entre as entregas da distribuidora que montou ainda muito jovem, do Jornal do Sudoeste e a música. Fã de carteira do "maluco beleza", Raul Seixas, sua imagem é a do estereótipo do roqueiro malucão: cabeludo, barbudo, tatuado e com linguajar nada convencional, mas na realidade, quem o conhece sabe que ele é uma pessoa que ama Paraíso e por meio de muito humor (às vezes mal compreendido), busca apontar problemas e fazer suas críticas sobre os mais variados assuntos. Filho do lavrador Carlos Alberto dos Reis e da senhora Cleuza Aparecida de Paula Reis, Biju tem outro irmão mais novo, o Leandro Carlos Reis. Com o trabalho humilde dos pais, aprendeu desde cedo a dar valor ao trabalho e a lutar para ter sua independência e se tornar uma pessoa de bem. Hoje, aos 33 anos, casado com Viviane Reis, é pai dos gêmeos Juliano e do pequeno Raul.
Jornal do Sudoeste: De onde vem o apelido “Biju”?
J.C.R.: O apelido veio de um comercial de TV bem antigo, onde tinha uma menina que fazia contorcionismo e falava “Biju, Biju, alright”, eu achava aquilo engraçado e ficava chamando as pessoas de Biju, acabou se tornando um apelido meu. À época eu tinha uns 12 ou 13 anos, e nunca mais saiu. Era um apelido bobo, virou o que hoje a gente chama “meme”.
Jornal do Sudoeste: Sua família é toda de Paraíso?
J.C.R.: Não, meu pai é de Passos. A principio ele vinha para cá onde conheceu a minha mãe e começaram a se relacionar. Depois disto foram morar em Passos por um tempo, mas decidiram ficar em Paraíso. Minha mãe é a caçula de oito irmãos, e meus avós maternos já eram muito idosos, então eles decidiram ficar mais próximos, indo morar nos fundos de um terreno que eram desses avós e foi ali que nasceu meu irmão e eu.
Jornal do Sudoeste: O que seus pais faziam?
J.C.R.: Meu pai sempre foi lavrador. Hoje as pessoas tem mania de ficar chamando determinadas personalidades de “mito”. Para mim, mito foi meu pai, que foi lavrador em uma época muito difícil e nunca deixou faltar nada em casa. Mito é alguém que te ensina alguma coisa. Já minha mãe sempre trabalhou como doméstica e durante algum tempo como auxiliar de limpeza nas escolas daqui do município. Hoje, meu irmão mais novo, o Leandro, mora na zona rural próximo a Jacuí, e vive por lá. Ele puxou essa parte de trabalhar com agricultura do meu pai, que é uma coisa que eu não suporto muito. O Leandro gosta disso, de mexer com roça, com peixe, já eu nem sei como locar uma minhoca no anzol.
Jornal do Sudoeste: E como foi sua infância?
J.C.R.: Meus pais tiveram ocupações muito humildes e nada disse impediu de eu ser quem sou, não fez com que eu me tornasse um bandido ou saísse por aí colocando a culpa no mundo. E foi por isso que eu sempre trabalhei desde os meus 11 anos. Nunca quis depender de meus pais, porque com a luta deles aprendi que a vida não é fácil. Ou você faz alguma coisa ou o mundo te engole. Por isso, eu trabalhei com tapeçaria, vendia sorvete e poderia ter estudado mais, mas esse meu anseio de ter minha independência talvez tenha me feito tomar essa decisão. Não continuei meus estudos depois do Ensino Médio, porém ocupei meu tempo trabalhando e até pouco tempo trabalhava das 6h à meia noite. E não trabalhei tanto assim por enriquecimento, aprendi a ser assim com meus pais.
Jornal do Sudoeste: E foi por causa disto que você parou de estudar?
J.C.R.: Não. Hoje também sou instrutor de Kung Fu e à época teria que fazer uma escolha. Essa academia, que era desvinculada da Educação Física e oferecia muitos cursos, dava-me essa brecha. Eu poderia ter me formado como educador físico, até mesmo por ser atleta, mas segui outro caminho. Cheguei a dar aulas de Tai Chi Chuan para pessoas da terceira idade em um projeto da prefeitura, mas saí porque o prefeito da época deixou de pagar. Fui o primeiro aluno do Márcio Zaqueu quando ele veio para São Sebastião do Paraíso. Esse primeiro contato foi porque ele precisava de alguém para fazer as artes da academia dele, e como eu desenhava e o sobrinho dele me conhecia, convidou-me a ir lá. Vendo o Márcio treinar, interessou-me e comecei a treinar, passando por todas as etapas até me formar.
Jornal do Sudoeste: E de onde vêm todos esses talentos?
J.C.R.: Sou totalmente imperativo. Enquanto todo mundo reclama e fica ocioso, tenho uma concepção de que posso ser tudo o que eu quiser. Se vejo alguém desenhando, também posso fazer aquilo porque nós não temos nenhuma limitação nesse sentido. Se mesmo quem tem alguma limitação consegue fazer artes maravilhosas, como no caso dos deficientes físicos, eu que não tenho essas limitações não posso fazer? Então, não acredito em dom, acredito em força de vontade e tudo que alguém pode fazer eu também posso e sempre fui muito interessado. Mesmo que não faça nada perfeito, tenho aquela força de vontade e faço de tudo um pouco.
Jornal do Sudoeste: Como foi a infância e adolescência?
J.C.R.: Os tempos eram outros, na minha época nós éramos moleques. Jogávamos bola, arrancava a “tampa” do dedão, não tinha tanto muro e pulávamos no quintal dos vizinhos para pegar fruta e toda aquela brincadeira de criança. Hoje isso se perdeu, foi uma infância digna de moleque. Acho que até os ano 90 foi bacana para quem era criança.
Jornal do Sudoeste: Você manteve os amigos daquela época?
J.C.R.: Amigo é coisa complicada. Vínculo mesmo mantenho com bem poucos. Acredito que com o passar o tempo algumas pessoas desta época, em função dos estudos e de formação acadêmica, tenham perdido um pouco da humildade. Alguns te veem na rua e até te ignoram, acontece. São pessoas que eu digo que envelheceram de fato... digo que a diferença do eu hoje, para eu criança, é que hoje tenho barba, alguns cabelos brancos e responsabilidade de cuidar de duas crianças. São poucos amigos que eu mantenho desta época e quando nos reunimos a gente se lembra de tudo o que passou. Mas acredito que o principal é isto, manter essa essência e a humildade, porque a vida aqui é passageira, muito curta, então por que eu vou envelhecer e ignorar os outros? Que legado eu vou levar para mim? A gente não sabe o que acontece depois da morte e se nós levarmos de bagagem só que está na nossa consciência eu estou muito tranquilo.
Jornal do Sudoeste: Como era o Biju na escola?
J.C.R.: Eu fui mediano, pelo conteúdo e pelos professores que tive. Estudei em uma creche próxima à rodoviária, depois no Ana Cândida e depois no Clóvis Salgado. Tive poucos professores bons que conseguiam prender o aluno na matéria, acredito que não foi uma falha totalmente minha e eu reconheço que era muito agitado e não prestava muita atenção porque aquilo não era interessante para mim. Diante disto, passava boa parte do tempo fazendo caricaturas, desenhos e talvez essa minha facilidade em fazer esse tipo de arte, as charges para os jornais da cidade, veio desta época. Nessa época tive professores muito ditadores, daqueles que jogavam apagadores nos alunos; tive professores que chegaram a puxar minha orelha, bater em mim com régua e nem era porque eu era “encapetado”, mas porque queriam impor uma ditadura, que fossemos certinhos e isso causava medo e não fazia com que eu tivesse interesse. Era chamado de burro pelos professores, enquanto que outros, que tinham uma condição de vida um pouco melhor, eram tratados melhores, existia essa diferença. Outra coisa que eu achava ridículo era a tal da “festa do sorvete”: quem tinha condição aproveitava enquanto que a gente, que não podia, ficava assistindo, achava isso ridículo para uma escola pública. Foi um trauma que ficou.
Jornal do Sudoeste: E depois que se formou, o que você fez?
J.C.R.: Desde pequeno eu trabalhei e levei isto paralelo a escola. Eu não queria depender dos meus pais. Meu pai frequentemente chegava em casa, na época que trabalha na colheita da cana, com farpas nos olhos, isso me mostrava que a vida não era fácil. Meu primeiro emprego, que foi em uma tapeçaria, foi muito difícil, e depois trabalhei vendendo sorvetes na rua; naquela época não havia aquelas burocracias imbecis, porque isso me ensinou que tínhamos que trabalhar e ser honestos. Depois trabalhei entregando panfleto, lista telefônica e jornais para a extinta Gazeta, eu virava a noite trabalhando e no outro dia ia para a escola as 6h. Depois que terminou a escola, montei uma pequena distribuidora para entregar encomendas. Este é um seguimento muito forte e que vem crescendo; para se ter uma ideia, hoje se você vai em uma loja aqui em Paraíso, além do mal atendimento, você tem que lidar com preços um pouco injustos, então a população tem preferido comprar pela internet pela vantagem e com isso meu seguimento cresce bastante. Nessa época também treinava da academia de Tai Chi e comecei a dar aulas na Vida Ativa.
Jornal do Sudoeste: E você mantém esses trabalho com as entregas até hoje, não?
J.C.R.: Sim, e sempre namorei o Jornal do Sudoeste para entregar, a verdade era esta. Quando eu trabalhava na Gazeta, antes de ela ser descontinuada, eu entregava jornal, fazia serviços de office boy e também charges e brincava com o patrão anterior que eu queria trabalhar no Sudoeste e hoje é o que eu faço, porque eu gosto de fazer entregas, gosto de ter esse contato com a minha cidade porque assim vejo todo os problemas, o que tem de errado e converso com todo mundo.
Jornal do Sudoeste: Como surgiu a música nessa história?
J.C.R.: Quando era criança, eu tinha um tio que costumava chegar em casa cantando um trecho de uma música do Raul Seixas: “Se eu quero e você quer, tomar banho de chapéu”, e aquilo chamou a minha atenção. A época minha mãe disse que era o Raul e no Natal ela me deu uma fita cassete e fiquei enlouquecido com aquela música e as ideias que ela trazia. Para mim não bastava apenas ouvir, eu queria tocar igual, foi quando eu comecei a tocar violão e Raul, sempre um pouco autodidata, nunca fiz aula, mas como o passar do tempo, comecei a aprender de ouvido, a identificar os instrumentos. Hoje brinco com tudo, mas o que eu gosto mesmo é cantar e fazer coisas autorais e um pouco de teatralidade, então tudo isso eu levo para o palco. O Raul sempre foi a minha maior referência no Rock. Quando somos crianças, somos um pendrive vazio e essa questão do meu tio cantando essa música do Raul foi algo que veio até a mim e me pegou. Além disso, vieram outras coisas e o rock se tornou para mim uma religião.
Jornal do Sudoeste: Como surgiu sua banda?
J.C.R.: A minha primeira banda se chamava Volúpia, mas era horrível, parecia a banda do Chaves. Achávamos que era só comprar uns instrumentos e sair tocando, tocávamos lá na La Salle, onde as casinhas eram muito próximas, então era uma confusão, chegou a dar polícia. Com o passar do tempo eu fui aprimorando, chamando outras pessoas. Naquela época não tinha tantas escolas de músicas como tem hoje, então para tirar o som de uma música eu tinha que ficar rebobinando uma fita cassete com uma caneta e assim aconteceu... de tanto você treinar seu ouvido, você também aprende a tocar. E eu sempre fui de ouvir e fazer a minha versão, dar a minha cara.
Jornal do Sudoeste: E quando nasceu a Banda Blah?
J.C.R.: A banda tinha outro nome em inglês, e não era um nome politicamente correto. Aqui tinha muito pouco lugar para tocar e fomos chamados certa vez para tocar numa casa de show que chamava Havana. Eles só tocavam sertanejo, mas o dono queria levar um novo estilo musical para atrair mais público. Quando fomos tocar a pessoa que anunciou traduziu o nome da banda e mandaram a gente parar na hora, foi uma bagunça. Depois disso, vimos que havia a necessidade de mudar o nome. Havia um integrante que brincava muito com onomatopeias e sempre falava Blah quando alguém o cumprimentava. Achei um bom nome, soava com uma “vomitada”, porque a gente fazia o que queria, não tínhamos tanto compromisso com a música “correta”.
Jornal do Sudoeste: Foi nessa fase que você conheceu sua esposa?
J.C.R.: Sim. Nesse meio surgiram os problemas, principalmente com integrantes que levavam a música mais por hobbie e eu estava começando a levar aquilo como algo profissional. Assim, surgiu um projeto paralelo, outra banda que me deu muita satisfação a época porque me deu algo que todo jovem daquela época queria, que era viajar, então fizemos muitos shows na região e em um desses, em Franca, a Vivi foi e nos conhecemos lá. Por algum motivo ela sentiu alguma simpatia por mim e eu não percebi de início. Ela começou a acompanhar todo show que eu fazia, até que um dia, durante um solo de guitarra, eu pulei do palco e a beijei. A partir daí estamos juntos até hoje. Moramos próximo na infância, mas fomos nos conhecer muitos anos depois.
Jornal do Sudoeste: E a Banca da Rodoviária?
J.C.R.: Paraíso não nos dá muitas oportunidades, infelizmente. A gente não sabe se vale a pena ter uma formação, porque não se abre brecha para quem estuda. Minha esposa, por exemplo, é terapeuta ocupacional, mas aqui a realidade é que você só entra em um trabalho para exercer sua profissão se tiver um apadri-nhamento. Apesar disto, ela chegou a fazer um trabalho quase que voluntário, porque recebia um valor simbólico, no Lar Pedacinho do Céu e não teve muito retorno do que ela gastou para se formar. Diante disto, ela queria trabalhar (e também odeia depender dos outros), surgiu a oportunidade de adquirir a Banca da Rodoviária, que era do senhor Lourival e que desfez por motivos de doença. Na época ou eu comprava uma casa ou a banca, mas como ela queria trabalhar assim o fizemos. Ficamos por um bom tempo, cerca de sete anos.
Jornal do Sudoeste: E vocês pararam com ela por qual motivo?
J.C.R.: Vieram os gêmeos e eu não achava que aquele lugar era bom para ela continuar. É um local marginalizado, não tem como fechar os olhos para isso, basta ir lá e observar as pessoas que estão à volta. Nunca tive problemas, mas não achava isso bacana para ela. Por enquanto a Banca está fechada e a colocamos à venda, ainda não recebi nenhuma proposta. Não vamos ter possibilidade de voltar e a Vivi, que já tem um filho, foi mãe muito cedo e não teve a oportunidade de curtir essa fase do primeiro filho e por isso também não quer voltar.
Jornal do Sudoeste: Foi um susto a chegada dos gêmeos?
J.C.R.: A princípio, sim. Eu tive oportunidade de comprar uma casa, mas nós éramos muito imaturos e não pensávamos nisto, estamos numa fase da vida que precisávamos tomar um novo caminho. Já estávamos nos 30, então foi quando acho que Deus olhou para nós e decidiu nos dar um pouco de responsabilidade. Aconteceu, ela descobriu que estava grávida, nós não tínhamos uma estrutura para receber essas crianças, mas respiramos fundo e eu brinquei que seria gêmeos. No dia dos exames de rotina, quando médico confirmou o que eu tinha dito, foi um choque. Mas, de certa forma, foi como ganhar na loteria, é uma benção ter gêmeos bivitelinos. Foi um barato toda a história.
Jornal do Sudoeste: Raul e Juliano?
J.C.R.: Não escolhi os nomes, o Raul foi minha esposa, que gosta e acha um nome marcante e Juliano foi minha mãe, porque ele é o gêmeo que mais se parece comigo quando criança – o que deixa triste é que quando ele crescer terá minha cara (riso). Eles são muito espertos e essa geração de hoje é muito diferente, ao contrario da minha época, quando a criança era mais introvertida, talvez por causa dessa era digital as novas gerações estão mais inteligentes, é a evolução do mundo. Hoje a gente pergunta sobre as coisas e eles apontam, na minha época quando víamos alguém, saíamos correndo para nos escondermos. Essa hiperatividade deles, acredito que seja do nosso espírito baladeiro.
Jornal do Sudoeste: E este Biju polêmico?
J.C.R.: Ando um pouco cansado da nossa política injusta e vaidosa da cidade, e por amá-la, há pretensão de minha parte em usar minha criatividade e possivelmente ser o futuro prefeito de Paraíso (risos). Eu sempre gostei muito de me expressar e sempre gostei de fazer isso pelo humor e todo mundo que me conhece já espera isso de mim, gosto de tirar um sorriso das pessoas, principalmente quando ela está deprimida. Superação não é ir à academia e ganhar músculo, é fazer alguém sorrir em um momento de tristeza. A questão da polêmica, eu sempre trabalhei com jornal e na época da Gazeta eu fazia charges da política local e conseguia expressar as minhas ideias sobre o que estava acontecendo em um quadrinho. Quando o jornal acabou eu fiquei um tempo afastado, logo depois vieram as redes sociais, que é um veículo poderosíssimo. Há um grupo no Facebook onde comecei a colocar as minhas ideias, querendo apenas tirar sorrisos das pessoas, mas talvez, por meio de uma interpretação que as pessoas fizeram, tornei-me algo próximo a um “líder político” muito polêmico. Eu sempre falei a verdade e, se eu vejo algo errado na cidade, eu falo, comento. Nada do que aconteceu comigo hoje, eu pedi para acontecer. As pessoas acham que eu faço isso por estar “ligado” a alguém, mas não é a verdade. Costumo dizer que sou até apartidário, resumindo: eu amo minha cidade e quando vejo algo errado que poderia ser resolvido facilmente e não é, isso me deixa revoltado e me expresso.
Jornal do Sudoeste: Qual o balanço que você faz?
J.C.R.: Eu vivi de tudo nesses 33 anos. Eu caí no fundo do poço diversas vezes, mas sempre volto mais forte. Deus não me deixa me acabar de vez e me permite ir me lapidando para me tornar um ser humano melhor. Vivi tudo o que foi bom, tive uma infância de verdade, Paraíso inteiro me conhece e gosta de mim; com essa representatividade, eu poderia ser egoísta e pensar somente em mim, mas uso isto para tentar ajudar os outros e me sinto bem fazendo isto, dentro das minhas possibilidades. Eu estou vivendo ainda e posso ser o que eu quiser e cada dia é uma evolução. Tem uma frase que gosto muito de dizer: “Antes eu tinha vontade de conquistar o mundo, hoje só quero chegar em casa e dar um abraço na minha esposa e nos filhos e saber que está tudo bem”. É só isso que eu preciso.