Em um filme que assisti há alguns anos, um astrônomo está mostrando alguns planetas e estrelas para sua filha ainda mocinha. Ela gosta do que lhe é apresentado, interessa-se pelas explicações do pai e em dado momento pergunta:
– Existe vida em outros lugares do Universo?
A resposta do cientista não se faz esperar:
– Se não houver, é um enorme desperdício de espaço!
Na realidade, apenas no Sistema Solar, onde está localizada a Terra, nosso lar no presente momento, há quatro planetas muito maiores que o nosso: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. O tamanho relativo seria, por exemplo, o de uma grande melancia (Júpiter) e uma jabuticaba, a Terra, que nos parece tão grande! Saturno, o planeta mais bonito, por causa de seus anéis, seria uma melancia um pouco menor, enquanto os dois outros como se fossem dois grandes abates. Vênus é pouco menor que a Terra, seguindo-se depois Marte, Mercúrio e Plutão, o menor de todos. A massa de Júpiter é cinco vezes maior que a de todos os outros planetas reunidos! Tem lógica pensar que eles estão lá no espaço, há milhares de séculos, girando à toa?
Para os que pensam em termos de muito calor, ou muito frio, por estarem os globos mais perto ou mais longe do Sol, duas perguntas:
– O que é vida? Ela precisa ser sempre idêntica à nossa?
Só na Terra ela é extremanete variável: vírus, bactérias, insetos, peixes, aves, mamíferos... E no espaço infinito?!
Nesse breve raciocínio, falamos apenas do Sistema Solar, que nada mais é que um minúsculo ponto na periferia de nossa galáxia, esse gigantesco arquipélago de astros chamado Via Láctea. Quantas estrelas (não nos esqueçamos que o Sol é uma estrela e não exatamente das maiores!) há nessa galáxia? em torno de duzentos bilhões, cada uma com seus mundos, seus amores, suas festas, suas dores...
E, se o Universo é infinito, quantas galáxias, como a Via Láctea, haverá? Não sei, sei apenas que já me sinto bem pequeno e com pouquíssimo conhecimento, aluno de curso primário na grande escola universal!