Por: Antonio Westin:
Dia 19 de julho próximo farão 113 anos de nascimento. Agradeço as palavras gentis do nosso querido Dr. Luiz Ferreira Calafiori que assim escreveu sobre meu pai.
O COMENDADOR JOÃO PIO DE FIGUEIREDO WESTIN (19/07/1895 - 09/07/1990), sempre foi considerado a maior reserva moral da comunidade.
Dele, podemos citar o Livro da Sabedoria: "O bom filho terá longa vida e venturosa, gozará do respeito de seus semelhantes, será louvado pelos seus méritos, verá os netos de seus filhos e terá velhice ditosa". Assim foi a vida deste ilustre conterrâneo, que apesar de sua elevada posição social, sempre procurou viver dentro dos princípios cristãos, modesto, magnânimo, altruísta e reto de caráter.
Não foi sem motivo que mereceu receber do saudoso Papa Leão XIII, a honorabilíssima e secular Comenda da "Ordem de S. João Latrão", galardão raramente oferecido aos benfeitores da cristandade, sem distinção de país, credo, ou raça.
Dotado de costumes e atitudes espartanas, jamais deixou de contribuir com largas somas de doações a entidades pias, filantrópicas e assistenciais. Tanto é assim que sempre foi considerado benfeitor da Santa Casa de Misericórdia, Hospital Psiquiátrico Gedor Silveira, Lar dos Velhinhos S. Vicente, Colégio Paula Frassinetti, Casa de Oração D. Inácio, Instituto Monsenhor Felipe, Seminário N.S. Sion, da Associação Atlética Paraisense, Operário Esporte Clube, IBC, etc., etc.
Notabilizou-se também, no campo político-administrativo e na fundação de Presidente da Coolapa, sendo sócio fundador da Cooparaiso e tendo exercido com probidade e acerto os cargos de provedor da Santa Casa, vereador, membro do extinto Conselho Consultivo (1938) e modelar Prefeito Municipal *(09/04/1939 a 21/11/1945 e de 17/02/1946 a 13/01/1947). Honesto e zeloso na administração dos negócios públicos, sempre mereceu o respeito e admiração de seus munícipes, superando todos os entraves e dificuldades daqueles tempos da 2ª Guerra Mundial e pós-guerra, quando tudo era difícil e quase tudo era importado, pois nosso país não havia ainda entrado na era da moderna industrialização. Conseguiu, no entanto, governar com serenidade e pleno conhecimento da realidade local, levando a efeito obras que testemunharam sua grande administração. E, coroando o reconhecimento popular, outorgamos-lhe em 1971, a "Comenda da Ordem do Brasão", em sua mais elevada distinção.
Foi casado com Dª Delmira Andrade Westin de Figueiredo e deixou numerosa e ilustre descendência: Dª Maria Madalena Westin Borges c/c Alceu Vieira Borges, Maria Zélia Westin Marinho c/c Divino Marinho, Maria Salomé Westin Pimenta c/c Francisco Assis Francisco Assis Pimenta, Maria Abadia Westin Lemos c/c Joaquim Soares Lemos, João Pio Westin c/c Maria Luzia de Oliveira c/c José Westin, e Dr. Antonio Westin c/c Neibe Lanzoni Westin, além de numerosos netos e bisnetos e tataranetos.
*** Do livro Crônicas + Crônicas, Campanha "Divulgar Paraíso é Preciso" de autoria de Luiz
Ferreira Calafiori, Membro da Academia Paraisense de Cultura (APC), Membro
Honorário do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais