Uma trajetória histórica: as cidades são como os homens. Nascem, crescem, passam da infância à juventude, ficam adultas. Muitas vencem e, no rastro dos pioneiros, firmam o caráter, passam de pequenas vilas a cidades.
Jacuí tem história, uma bonita história, praticamente esquecida, perdida para muitos. Mas chega a 204 anos de emancipação, perfilando entre as primeiras cidades mineiras, como Ouro Preto (307) e Mariana (321). Como!? Não só pelos anos, mas por muito mais... Conheçam sua história.
Os tempos modernos são bons para uns e péssimos para outros: acentuam-se, sabemos, a riqueza dos poucos ricos e a pobreza dos muitos pobres. Realidade: só há uma solução para cidades como Jacuí – o trabalho solidário e a preservação do seu patrimônio e da sua história. Jacuí e eu: “Se me perguntarem qual a melhor cidade do mundo, eu diria – Jacuí, é claro”.
Somos menos de oito mil habitantes. Somos também solidários e fraternos. Conhecemo-nos uns aos outros. O inverno característico, os frutos dessa estação, o café – acolhendo famílias na mão de obra externa e na geração de empregos temporários, as facções de costuras – absorvendo uma parcela significativa da população no campo de trabalho, o leite – em cooperativas, trazendo divisas econômicas para o município, o regionalismo pautado no folclore, a fartura, as edificações modernas na construção civil, os loteamentos e chacreamentos, as nossas praças são marcos da nossa Jacuí de hoje.
Numa palavra: a rodovia ligando Jacuí a São Sebastião do Paraíso – BR 265, foi o início de uma nova etapa na história recente de nossa cidade. Mais: esta é uma ligação asfáltica aberta para a pós - modernidade. Sei que minha cidade cresce a cada dia. Meu afã é que ela e seus moradores, meus irmãos de certidão, e os que vierem de outras plagas, mantenham o coração puro e a alma livre para novas empreitadas. “A terra da gente é a mãe da gente”.
FERNANDO DE MIRANDA JORGE
Acadêmico Correspondente da APC Jacuí/MG
fmjor31@gmail.com