A Companhia de Teatro "Bacarte" promoveu entre os dias 20 e 22 (sexta a domingo), feira cultural com diversas apresentações artísticas e atrações que envolveram apresentações teatrais, musicais, sarau, roda de conversa entre várias outras apresentações. Ao todo, nos três dias de evento reuniu-se um público em torno de 600 pessoas e pelos menos 100 artistas se apresentam no palco que foi montado na Casa da Cultura.
Conforme conta Fernanda Mumic, uma das idealizadoras do grupo e organizadoras do evento, a ideia surgiu da necessidade de poder levar atrações culturais a toda população de forma barata e acessível. A Companhia nasceu em 2015, quando Fernanda, Ramon Bia-zoli, Giuli Vieira, Camila Passos, Ana Formágio, Bruna Pereira e Rodrigo Coutrim decidiram se reunir para formar o grupo.
"Nós somos filhos da Oficina de Teatro Sebastião Furlan e decidimos criar o grupo para ter mais liberdade tanto artística, quando de encontros, porque tínhamos outras ideias e queríamos ampliar nossos horizontes. Em 2016 apresentamos a peça Barrela, em 2017 o espetáculo autoral Relatos e a partir daí decidimos que era preciso fazer algo por Paraíso, levando cultura de forma acessível a população, foi quando nasceu a ideia da Feira Bacarte", conta.
Conforme Fernanda, a Feira foi bem acima do esperado, com circulação em média de 600 pessoas em três dias. "Para um primeiro evento, é ótimo, mas esperamos um público maior em próximas edições. Nosso próximo passo agora é promover uma edição especial de natal da Feira Bacarte, que virá junto com o nosso Auto de Natal. Além disto, também temos a temporada de teatro marcada entre os dias 30 de setembro a 3 de outubro, no Teatro Municipal Sebastião Furlan", completa.
Uma das apresentações foi o grupo do músico Bijuliano Reis, da Banda Blaa, que já estava há algum tempo longe dos palcos, e fez o encerramento do evento. O músico elogiou bastante a iniciativa e destacou que Paraíso tem estado carente de eventos como este. "Faltava um que contasse com tantas atrações, com tanta diversidade e que pudesse se estender a toda a família. Achei uma iniciativa maravilhosa, embora nossa população ainda esteja um pouco introvertida em participar, talvez pela descrença de tais eventos ou por necessidade de maior divulgação", avalia o músico.
Para ele, este foi o início do pontapé inicial para movimentar o cenário cultural em Paraíso. "Houve muitos estilos musicais juntos, lazer para as crianças, feira de artesanato, teatro, passeio ciclístico, brindes, enfim, um momento que mostra o quanto temos ótimos artistas que necessitam de espaço. Com três dias de evento, passaram por ali pessoas de todo segmento, de todas as idades, de vários gostos, muito bem organizado e completo.
Do mesmo pessoal que está lutando atualmente para uma sanção do prefeito para o projeto que crie o "conselho de cultura". Torço muito para que eles obtenham essa conquista, essa seria uma vitória para nossos jovens, para nossas crianças, para nossas famílias. É a chance de tornar nossa cidade um polo cultural de notoriedade na região. Já espero o próximo e me disponho a participar com o que posso oferecer para agraciar juntamente aos incríveis artistas que aqui temos", completa Biju.