A coleta de lixo em São Sebastião do Paraíso enfrentou uma série de problemas operacionais ao longo da última semana, o que provocou acúmulo de resíduos em diversas regiões da cidade. A situação teve início na quinta-feira, 22, e afetou cerca de 30% do município. Somente no domingo, 25, e na segunda-feira, 26, a situação foi praticamente normalizada, após força-tarefa coordenada entre a Prefeitura e a empresa responsável pelo serviço.

Segundo o prefeito Marcelo Morais, a crise começou com o rompimento mecânico de dois caminhões da coleta. No entanto, o cenário se agravou com a quebra de um terceiro veículo e o afastamento de 12 dos 18 coletores contratados, que apresentaram atestados médicos. “A empresa nos comunicou na quinta-feira e, a partir disso, montamos um plano emergencial. A Prefeitura deu apoio técnico e estratégico para reorganizar as rotas e minimizar os impactos”, afirmou Morais.

As regiões mais afetadas incluíram bairros como Vila Santa Maria, Jardim Verona, Jardim Daniela, São Judas Tadeu e imediações, onde os resíduos ficaram acumulados por vários dias. Moradores relataram o aumento da presença de insetos e o mau cheiro causado pela demora na coleta.

No sábado, 24, linhas extras foram colocadas em operação e cerca de dois terços da área afetada teve o serviço restabelecido. No domingo, a empresa intensificou os trabalhos com reforço nas equipes, e, segundo Morais, 99% da cidade já havia sido atendida até o fim do dia. No entanto, ainda houve bairros onde o serviço só foi concluído na manhã de segunda-feira, como no Jardim Mediterranée, onde caminhões recolheram os sacos acumulados desde o fim de semana.

“A gente fez uma força-tarefa junto à empresa. Conseguimos impedir que o atraso atingisse toda a cidade e resolvemos a situação com agilidade. A empresa já iniciou o reparo dos veículos e está reorganizando a escala dos funcionários para evitar novos atrasos”, disse o prefeito ao Jornal do Sudoeste.

Morais também destacou os investimentos feitos nos últimos anos no sistema de destinação dos resíduos sólidos. Ele afirmou que o município gera de 50 a 55 toneladas de lixo por dia e que uma nova célula de 18 mil metros quadrados está sendo finalizada no aterro sanitário municipal. “Isso garante um manejo mais eficiente e seguro do lixo, evitando situações como o incêndio ocorrido no ano passado e problemas estruturais”, explicou.

A Prefeitura afirmou que continuará monitorando de perto o cumprimento do contrato e cobrando medidas da empresa para garantir a regularidade da coleta em toda a cidade, especialmente em momentos de crise operacional como o registrado na última semana.

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