O vereador Luiz Antônio de Souza, o Luiz Galo, presidente da Câmara Municipal de São Tomás de Aquino e seu genro Daniel Cristino Ferreira, que estavam presos desde o dia 24 de maio no Presídio de São Sebastião do Paraíso, suspeitos de terem furtado bois da raça nelore no município aquinense, foram colocados em liberdade provisória, quarta-feira (14/6).
O inquérito policial foi concluído e remetido ao Judiciário com entendimento que houve “tentativa de furto qualificado”, pelo vereador e seu genro. A juíza de direito Edyna Pinto mesmo tendo parecer contrário por parte do representante do Ministério Público, acatou pedido do advogado Benedito Carlos Carina e concedeu liberdade provisória, fixando, no entanto, regras a serem observadas por Luiz Antônio e Daniel.
O presidente da Câmara foi preso juntamente com seu genro Daniel quando transportavam animais da raça nelore que teriam sido furtadas numa fazenda no município de São Tomás de Aquino. A polícia recebeu denúncia e fez a abordagem. Eles não tinham documentação de autorização para o transporte dos animais.
No dia dos fatos, Luiz alegou que havia sido contratado por um funcionário da fazenda para fazer o frete. O funcionário mencionado por ele estava desaparecido. Uma gravação a que a Polícia Civil teve acesso, o ex-funcionário da fazenda citou o envolvimento do vereador no furto.
Luiz Galo pela segunda vez ocupa uma cadeira na Câmara aquinense, e era tido como pessoa de bem, de boa família, por isso sua prisão causou surpresa.
Duas sessões ordinárias foram realizadas pela Câmara no período em que o presidente estava preso. O assunto chegou a ser tratado por vereadores, mas com cautela, chegando a ser ponderado que seria necessário se ouvir a versão de Luiz Antônio sobre as acusações que pesam sobre ele. Segundo observadores políticos não fica descartada a possibilidade de se arguir que Luiz Antônio incorreu em quebra de decoro parlamentar, o que poderá motivar processo de cassação.
Informações obtidas pelo Jornal do Sudoeste dão conta que o Ministério Público acatou a denúncia contida no inquérito policial, sendo portanto transformado em processo penal por tentativa de furto qualificado.