Já na reta final, a poucos dias da renúncia do ex-prefeito de São Sebastião do Paraíso, Rêmolo Aloise, um cidadão que é proprietário de uma casa residencial localizada no Jardim Canadá, bem na divisa com o muro do Cemitério da Saudade, de frente para a rua Professor Correia Pinto, pretendia construir um muro paralelo ao do cemitério.
Acontece que no local onde ele iria construir havia uma rampa bem disfarçada de terra, e para efetivar a referida obra o dono do imóvel mandou o pedreiro retirar a terra até o alicerce do muro do cemitério.
Na época (já passa de quatro meses) o administrador do cemitério viu que o desaterro iria prejudicar a estabilidade do muro. Pediu para que a Secretaria de Obras enviasse um fiscal para proibir o desaterro, porque iria derrubar o muro. O fiscal foi ao local e efetuou boletim de notificação, entregue aos operários para que parassem naquele instante com a obra e entregassem a notificação ao proprietário, afirmou ao “JS” Jeferson Braghini, encarregado do cemitério.
A ordem foi desobedecida, e assim que o fiscal deixou o local os operários continuaram a retirar a terra do aterro. Não deu outra: o barranco veio abaixo derrubando mais de dez metros de muro, soterrando até as ferramentas dos operários, que por sorte e proteção divina não foram soterrados.
Já se passaram mais de quatro meses e o proprietário da casa que determinou o desaterro ainda não mandou consertar o estrago que poderia ter provocado uma tragédia maior, pois por pouco não caiu sobre os operários.
Conforme disse Jeferson Braghini o proprietário do imóvel teria contratado um engenheiro para fazer o projeto para reconstrução do muro do cemitério. O projeto se encontra na Secretaria de Obras para ser analisado.
Pelo que se verificou no local, a reconstrução tem que ser feita o mais rápido possível porque devido às chuvas e umidade da terra poderá haver mais desmoronamento e causar derrubada de muro que poderá afetar outra residência nas proximidades, cujo terreno já sofreu danos.
A preocupação maior é com a possibilidade de ocorrer consequências com danos irreparáveis, pois o desmoronamento poderá atingir pessoas. Preocupado, e com toda razão, o encarregado pede providências urgentes tanto ao proprietário do imóvel causador do desmoronamento, e também agilização por parte da Secretaria de Obras para sanar o mais rápido o problema.
Outra justa preocupação do administrador se refere à segurança de inúmeros e valiosos vasos ornamentais e molduras e imagens metálicas e estátuas.