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Reservistas do Ginásio Paraisense de 1926
Por: Redação | Categoria: Arquivo | 09-02-2017 00:00 | 1081
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Luiz Carlos Pais



 



Há um século, o presidente Wenceslau Braz e o Ministro da Guerra assinaram o decreto no 12.708, de 9 de novembro de 1917, aprovando o regulamento da Diretoria Geral do Tiro de Guerra, bem como extinguindo a Confederação do Tiro Brasileiro, que ministrava cursos de formação de atiradores para o Exército Brasileiro e para outras instituições. No mesmo ano, no florescente polo cafeeiro de São Sebastião do Paraíso, no sudoeste mineiro estava funcionando a "Linha de Tiro 502", origem do atual Tiro de Guerra, que tantos serviços sociais prestaram nos últimos 100 anos.



Esta crônica retorna aos idos de 1926, quando o professor Tabajara Pedroso, diretor do Ginásio Paraisense, fez uma longa viagem ao Rio de Janeiro, para tratar pessoalmente da solicitação de nomeação de bancas oficiais para avaliar o histórico estabelecimento. Na mesma oportunidade, o diretor foi renovar a licença concedida pelo Ministério da Guerra, para o curso de reservista militar, existe no mencionado Ginásio.



Essa avaliação era muito importante porque implicava na validade nacional dos exames realizados no Ginásio, para pleitear ingresso no ensino superior. No caso do certificado de reservista, o estudante podia pleitear ingresso em instituições militares para seguir a carreira militar. Esse evento, ocorrido há 91 anos, consta nas páginas do jornal "A Noite", do Rio de Janeiro, de 25 de novembro do referido ano.



Essa mesma fonte divulgou que os estudantes do curso de reservista militar, do Ginásio Paraisense, haviam prestado o juramento à Bandeira Nacional. Nessa solenidade, foi paraninfo o presidente da Câmara Municipal, Otávio Peres, contando com a presença do vereador João Vilela de Figueiredo e do Monsenhor José Philippe da Silveira, pároco da cidade, que discursou em nome das autoridades, enquanto o jovem Lauriston Pereira Lima falou em nome dos reservistas.



Seguindo as regras previstas no regimento oficial aprovado pelo governo federal, o referido juramento correspondia ao término do curso de reservista militar, feito no próprio estabelecimento de ensino secundário. Ao final do ano letivo, a circunscrição militar do Exército de Juiz de Fora, Minas Gerais, à qual o curso estava vinculado, nomeava uma banca para proceder aos exames dos reservistas. Assim, no referido ano de 1926, a banca examinadora foi composta por oficiais do Exército, todos tenentes: Walter de Souza Delmon, Eurico Barbosa e Rosalvo Guimarães.