O município de São Sebastião do Paraíso deve quase R$ 300 mil à empresa "Kelluz Construção, Indústria e Comércio", que é responsável por consertos e manutenção de iluminação pública. Por isso, por enquanto, o serviço está suspenso e, como consequência, por exemplo, há luzes acesas ininterruptamente na avenida Angelo Calafiori e há também muitos pontos de escuridão em vários bairros da cidade.
"O serviço está interrompido temporariamente, por problemas em pagamentos. Fizemos uma notificação e o contrato venceu na quinta-feira passada, (2/2)", informou a responsável pelas cidades e pelas licitações das quais a empresa participa, Letícia Dias.
Ela explicou que a formação de um consórcio, o "Consórcio Intermunicipal da Serra da Canastra (Cicanastra)" para a prestação do serviço da empresa a diversos municípios da região, aconteceu para a formalização da licitação inicial e depois as cidades fizeram um contrato exclusivo, que foi renovado em algumas delas e em outras não.
Segundo Letícia, ainda não há nenhuma sinalização da administração municipal paraisen-se de que o contrato será renovado. "Só teríamos interesse em fazer essa renovação, caso as parcelas em atraso fossem quitadas. Aguardamos resposta da Prefeitura para esta semana".
Até dezembro a Kelluz fez alguns consertos emergenciais na cidade e depois disso paralisou o atendimento. A empresa pode voltar a atender com a negociação dos pagamentos e isso deve ser resolvido nesta semana para que o prazo de renovação da licitação não seja perdido.
A Prefeitura de Paraíso deve à Kelluz em torno de R$ 276.410,00. "Ainda faltam informações sobre este último mês, mas o montante deve ser mais ou menos isso", disse Letícia.
O maior município da região para o qual a empresa presta serviço é São Sebastião do Paraíso, por isso, dentre as cidades atendidas, é a que possui a dívida mais alta.
De acordo com o prefeito, Walker Américo Oliveira, a dívida vem se arrastando desde a gestão passada, quando já estava acumulada em cinco parcelas atrasadas, que ele vem pagando uma a uma.
"Dentro da minha gestão, as prestações estão sendo pagas; ao mesmo tempo em que pago uma, vence outra e acumulou em quatro parcelas. Com a suspensão dos serviços, por parte da empresa, ficaram muitos pontos apagados e gerou esse caos na iluminação pública da cidade", explicou o prefeito.
Para resolver essa situação, Walkinho disse que abrirá uma licitação de emergência para contratar uma empresa que vai atuar por 90 dias, a fim de fazer as substituições de lâmpadas.
"Estamos também elaborando um projeto para termos equipe própria para fazer esses reparos. A empresa contratada vai atuar de forma paliativa por 90 dias e nesse prazo vamos ter esse serviço. Isso nos dará autonomia, a fim de evitar que aconteça esse tipo de problema que vem ocorrendo. Teremos um atendimento próprio também para o cidadão poder ligar e fazer o pedido de conserto, que será efetuado no dia seguinte. Atualmente pagamos R$ 7,01 por ponto de conserto, a tendência é custar menos de R$ 5 com a equipe própria".
Os serviços
No início de dezembro de 2014, a Câmara de Paraíso aprovou projeto que dispunha sobre a adesão do município ao Cicanastra (Consórcio Intermunicipal da Serra da Canastra, Alto São Francisco e Médio Rio Grande). A medida possibilitou que a Prefeitura se adequasse à Lei Federal nº 1.207/2005 e também a Resolução Normativa nº 414 e assumisse os consertos da iluminação pública.
Dentre os serviços de manutenção de iluminação pública, a Kelluz estava responsável pela troca de lâmpadas, reparos em suporte da luminária e consertos de conjunto ópticos (limpeza de impurezas).
Ao mesmo tempo foi contratada a empresa de call Center, a "Seg Tecnologia", para atender as reclamações e pedidos de consertos da cidade. Esse serviço também não está funcionando.