TRABALHO

Detentos devem trabalhar em manuten

Convênio permitirá que trabalho seja realizado para remissão da pena e mão de obra deve suprir necessidade do município
Por: Redação | Categoria: Arquivo | 18-02-2017 00:00 | 1007
O diretor do pres
O diretor do pres Foto:

A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso, diretoria da Unidade Prisional do município e vereadores, realizaram reunião na manhã de ontem (17/2), para discutir detalhes para a celebração do convênio entre Prefeitura e Presídio, que cederá detentos que cumprem pena em regime semiaberto, para prestação de serviços ao município. O prefeito Walker Américo de Oliveira (PTB) comentou a necessidade e falta de mão de obra para manutenção de terrenos e áreas públicas e destacou que, em conversa com a juíza de Direito, Edna Pinto, ela se prontificou em ajudar no que for possível para realização desse convênio.



Walkinho também voltou a citar a possibilidade da reativação da fábrica de bloquetes para calçamentos de vias públicas. “Será um sonho ver esses detentos trabalhando e produzindo para o bem da sociedade”, comentou. O diretor do presídio, Rodrigues Junqueira, lembrou dificuldades que havia em conseguir esse tipo de parceria e se mostrou muito satisfeito com a abertura que a Prefeitura e a Câmara Municipal estão oferecendo à Unidade Prisional.



“Inicialmente tínhamos entrado em contato com o presidente da Câmara, Marcelo Morais, levando o projeto até a ele, que apresentou posteriormente ao prefeito. Tivemos uma reunião recentemente, onde o projeto foi apresentado. O Estado autorizou que fosse feito esse convênio, e que fosse permitido que o preso trabalhasse em troca da remissão de pena, em limpeza de terreno, fabricação de bloquetes e demandas que a Prefeitura estivesse necessitando, isto sem gerar nenhum gasto ao município”, explicou o diretor do presídio.



Conforme elucida Junqueira, os detentos trabalharão mediante autorização judicial. “Nós iremos selecionar dentre os detentos, o tipo de mão de obra que a Prefeitura tem necessidade – como, por exemplo, carpinteiro, eletricista entre outras mãos de obra especializadas –, e fazer um projeto inicial até a sociedade se habituar; será oferecido segurança no acompanhamento desses trabalhos, com apoio da GM e ronda policial, para mostrar à sociedade paraisense que os presos têm condições de ajudar e de prestar um serviço de qualidade”, destaca.



Junqueira comentou ainda que foi levado aos detentos a possibilidade do fechamento deste convênio e eles ficaram bastante animados. “Eles abraçam essas oportunidades. Os detentos são muito carentes de oportunidades, e quanto aparece algo eles demonstram interesse e eu tenho certeza que eles mostrarão para a sociedade que são capazes de ter a oportunidade de estar se ressocializando e seguir a vida com dignidade”, completa o Rodrigues Junqueira.