Melhor que seja assim. Anteriormente, as informações demoravam muito alcançar todo mundo. Preferivelmente elas à falta delas. Mas, será que sabemos usá-las, selecionando aquelas que valem a pena?
Lembro-me de passado recente, onde éramos órfãos de noticiários de TV e Rádio, jornais, revistas, carentes mesmo de conteúdos necessários em nossa vivência do cotidiano, escravos do saber. Hoje, bem, hoje, podemos escolher somente aquilo que nos interessa. E como é bom viver neste mundo globalizado. Eu, privilegiadamente, vivi nos dois: o de antes e o de agora. É o conhecimento da hora, esteja você onde estiver. Tudo o que queremos, e precisamos, encontramos numa velocidade incrível.
Salve o hoje, o aqui e o agora! Daqui a pouco, segundos talvez, novas tendências no mundo surgirão aos nossos olhos. Tomara estejamos nós no meio dessas articulações, junto aos nossos amigos e familiares. De outro jeito, parece que não tem mais graça... É tudo instantâneo, que loucura! Um oi ou um até logo a muitos quilômetros de distância. Que bom. Mas, informações demais, e de graça. Umberto Eco disse: Informação demais faz mal.
O escritor italiano diz que a internet é perigosa para o ignorante e útil para o sábio - ela não filtra o conhecimento e congestiona a memória do usuário. Eu, simplesmente, não dou conta de acompanhar tudo o que acontece na internet. Vou devagar com o andor... Vai falar isto para a turma jovem, vai!
Essa intrincada rede, que capacita o cérebro a receber, assimilar e registrar informações, tem sofrido abalos. O motivo?! O homem moderno está cada vez mais exposto a um volume imensurável de informações que a todo instante lhe chega, por diversos meios, e isto lhe tem provocado muita ansiedade por querer acompanhar tudo. Difícil organizar, de forma adequada, esse excesso de informação.
Aqui é que mora o perigo. Uma coisa sem jeito, não é? "Se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come." Decida você aí.
FERNANDO DE MIRANDA JORGE
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG
E-mail: fmjor31@gmail.com