O Deputado Federal Renato Andrade esteve no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) quando se reuniu com o engenheiro Marcelo Almeida Pinheiro Chagas, coordenador geral de obras ferroviárias, e o seu assessor João Batista Carvalho. Eles conversaram sobre a reativação do ramal ferroviário que liga Serrana-SP passa por São Sebastião do Paraíso e vai até a Passos. Proposta neste sentido vem sendo defendida pela Associação Ferroviária de São Paulo e de Minas Gerais que sonha em resgatar o projeto denominado “Expresso Café com Leite”.
Em 2013, Renato Andrade já acreditava que Passos e região poderiam capitalizar recursos para este fim junto ao governo federal. “Há quatros anos já tínhamos esta ideia, e com a recente aprovação da Medida Provisória 752 que abre espaço jurídico para trabalharmos em cima da viabilidade econômica”, aponta. Outro viés destacado pelo parlamentar refere-se ao potencial turístico da região. “Logicamente, mostramos o potencial da região, seja pela produção de açúcar da Usina que é exportado, assim como os grãos, milho, soja e até mesmo o café, já que muitos produtores enfrentam problemas com roubos da produção, o armazenamento e a distribuição ferroviária pode trazer mais segurança e agilidade na exportação. Ainda temos a produção de cimento, da mineração”, destaca o deputado.
O parlamentar chegou a fazer indicação de recursos para esta finalidade, acreditando no projeto que beneficiaria toda a região. “Há quatro anos fizemos a indicação de uma verba de R$ 100 mil para a elaboração do projeto de reativação da linha férrea em Passos, para a construção de um Terminal Intermodal de Cargas”, relembra. Renato aponta que o assunto não ficou esquecido e que agora continua sendo tratado como uma demanda importante da região. “Este é mais um passo importante para a reativação desse ramal ferroviário, o próximo passo é oficializar essa demanda, e acredito que esse grande sonho pode ser tornar realidade não só pela vontade política, como também pelo o potencial da nossa região do Sudoeste de Minas”, reforça Renato Andrade.
O PROJETO
Representantes da Associação Ferroviária de São Paulo e de Minas Gerais continuam sonhando e trabalhando com a pretensão de reativar a antiga estrada de ferro construída pelos barões do café no século passado. A promessa era de que o trem turístico, que vai passar por São Sebastião do Paraíso (MG), começasse a operar ainda no final do ano passado, mas ainda não foi possível.
A associação obteve a concessão da estrada de ferro em 2015 e luta para conseguir parcerias com empresas privadas e recursos com o governo federal e prefeituras para executar o projeto denominado “Expresso Café com Leite”.
Em uma análise preliminar referente a quase 178 quilômetros de extensão do ramal, no trajeto entre São Paulo Minas, apenas 44 estavam preservados. De acordo com representantes da associação, para restaurar toda a estrada de ferro no trecho entre Serrana (SP) e Itaú de Minas (MG) seriam necessários recursos na ordem de R$ 8 milhões.
Dos cerca de 178 quilômetros do trajeto, entre Minas e São Paulo, somente cerca de 44 estão preservados. Em muitos locais, os trilhos estão tomados pelo mato. Segundo o presidente da associação, para restaurar toda a estrada de ferro, que vai de Serrania (SP) até Itaú de Minas (MG), serão necessários em torno de R$ 8 milhões. Ainda no ano passado o município de São Sebastião do Paraíso confirmou que apoia a iniciativa, mas em função da situação financeira a cidade não consegue apoiar o projeto através da realização de aporte financeiro.
A associação afirma que possui três locomotivas e dois carros de passageiros à disposição para serem reformados. A estrada de ferro São Paulo/Minas funcionou de 1911 a 1992. Mais de 80 anos de história e momentos que ficaram guardados na memória de quem costumava passar por ela. Por volta de 1978 os trens de passageiros deixaram de circular pela região. Por quase uma década seguinte a movimentação era feita somente com os trens de carga, principalmente no transporte de café, cimento, cal e outros produtos oriundos de Itaú de Minas.