RODOLFO RICCI
Domingo, dia de Santa Missa
Acordo sem preguiça
Desço a estrada de terra batida,
Com meu cavalo baio, do mesmo nome e cor
Um potro manso, bonito e marchador.
Desço a pedreira dos Cantieri,
Faz frio, o sol ainda não raiou.
Mas o sino já tocou
Caminho devagar, para nem poeira levantar
E não sujar os que, caminham sem reclamar.
Ao contrário, hoje se chega com pressa,
Fica cansado e quem corre é o carro
O barulho do sino atrapalha o sono profundo
Mas o barulho das grandes cidades é o seu mundo.
Esta é a saudade e história dos que velho ainda estão
Que vivem seu bem maior, suas raízes
Não esquecem seus chapéus por educação, na mão,
Nem suas botas que protegem o pé
Nem esquecem sua gente coando o incomparável café.
Até o Zé Nossa Senhora faz falta,
Sentado ou em pé, reza ao seu santo com fé
Saudades, Zé, homem frágil, mas de muita bondade
Homem pequeno, simples de muita humildade.
RODOLFO RICCI, paraisense, cirurgião dentista aposentado, residente em Fernandópolis (SP).