Após passar dias agradáveis e intensos em Curitiba, por conta das Finais da Liga Mundial de Vôlei, seguem aqui algumas impressões sobre a cidade e sua gente.
O curitibano é sempre cordial, amigável e sincero. Não tem malandragem, são corretos nos preços do comércio e dos serviços. Se solicitar uma informação, é perigoso largarem o que estão fazendo e te levarem até o destino.
Todos os taxistas são muito bons de prosa, a amizade é instantânea e a corrida rápida e com preço justo. O trânsito também é menos complicado que em outros lugares, não existem grandes congestionamentos.
Não preciso dizer aqui que Curitiba é uma bela cidade. Todos conhecem pelo menos um de seus cartões postais: Jardim Botânico, Museu Oscar Niemeyer, Ópera de Arame, Teatro Guaíba e os inúmeros parques que fazem a fama da capital mais ecológica do Brasil.
A beleza das pessoas também é de se admirar. Culpa do frio, penso eu ele torna o vestir mais elegante, as pessoas no geral são esguias, a tez da pele mais bonita.
A cultura também está presente por toda parte. Em nenhuma outra capital brasileira observei tantas livrarias, bibliotecas, cafés literários, teatros ao ar livre, ateliês, estúdios e oficinas artísticas.
Por outro lado, o número de pichações é muito grande. Tudo está rabiscado e não são grafites elaborados, são feias marcas de gangues de pichadores. Portas de comércio, edifícios públicos, locais históricos, os vândalos deixam suas marcas em tudo e enfeiam a beleza da cidade.
Outro aspecto negativo é a quantidade excessiva de pessoas que vivem nas ruas. Mesmo com o frio da capital paranaense, colocam o colchão embaixo de alguma marquise e fazem dali sua morada. Isso, observei em vários locais no centro da cidade e quando indaguei se as autoridades não tomavam providências, a resposta é de que tentaram, mas as pessoas se recusam a sair das ruas.
No quesito esportivo possuem uma moderníssima arena, onde foram realizados os jogos de vôlei e onde o Atlético Paranaense manda seus jogos. No entanto, apesar de ainda terem mais dois estádios de futebol, do Coritiba e do Paraná Clube, não tem um ginásio poliesportivo à altura da cidade, consequentemente não tem nenhuma equipe que desponte nas modalidades de quadra. Nem no futsal, território tradicional em outras cidades paranaenses.
Pelo menos nisso estamos à frente deles.
Por enquanto...
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