Muitas vezes passamos por situações terríveis, devido a doenças pessoais, ou em parentes muito próximos; graves problemas financeiros, que abalam fortemente nossa estrutura; desajustes conjugais, que sempre machucam muito, porque é um castelo de sonhos que levou anos para ser construído e que, de repente, desaba, cai por terra de uma vez; morte de um ente querido, uma esposa, um esposo, um irmão, um filho...
Há uma corrente na medicina, indiana, se não me falha a memória, que - diante de um desajuste na saúde - antes de mais nada, pergunta:
— O que é que essa doença veio me ensinar? O que ela veio me dizer?
Porque a grande verdade é que nada ocorre por acaso. Nem a queda de uma folha de uma árvore. Pela simples razão que, se tal coisa acontecesse, seríamos forçados a acreditar que Deus perdera o controle dos acontecimentos. Se cai uma folha por acaso, pode cair um mundo, uma galáxia, até o Universo inteiro.
Há uma lei, à qual todos estamos sujeitos, e que se chama Lei da Evolução. Ela ensina simplesmente que ninguém pode ficar parado, estacionado. Água parada apodrece, cheira mal. É imperativo que nos movimentemos, que cresçamos, que ultrapassemos marcas às quais chegamos há muito tempo e nas quais estamos encostados, como que dormindo sobre os louros conquistados...
Não somos médicos, engenheiros, veterinários, vendedores ou advogados... Estamos desempenhando esses papéis, cumprindo essas tarefas na atual existência. O que somos mesmo é Espíritos imortais em tarefa evolutiva. Crescendo em sabedoria e em moralidade. Aprendendo a Amar de maneira incondicional e abrangente. Não apenas nossa esposa, nossos filhos, que isso até os animais selvagens sabem fazer.
São Francisco de Assis costumava dizer: Irmã Dor!... Porque ele sabia que, embora remédio amargo que ninguém quer tomar, ela é a maior das mestras. É o chamado derradeiro, utilizado quando todos os outros apelos falham. É a dinamite que vem despertar a rocha em que às vezes nos tornamos...