Que Viagem....

Por: Redação | Categoria: Cultura | 28-02-2017 10:02 | 1376
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por Mariano Bícego



 



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Olha que interessante essa premissa: após ser diagnosticado com uma grave doença, o cirurgião Soo-Hyun não tem muito tempo de vida. Seu maior desejo é rever um grande amor do passado, porém ela morreu há 30 anos. Então, inesperadamente, um misterioso senhor entrega a ele 10 pílulas que possibilitam viajar no tempo. Decidido a voltar e impedir o acidente que vitimou sua namorada, ele só não esperava ter que contar com a ajuda do seu eu mais jovem. Baseado no best-seller homônimo do escritor francês Guillaume Musso, esse é o enredo do filme coreano “Will You be There?”, lançado no final do ano passado.



 



Viagens no tempo sempre são interessantes.



 



Mas me deparei com algo mais incrível, ao ler uma coluna do jornal “O Tempo”: 



 



Seria prudente dar ao mundo um instrumento que permitisse assistir cenas do passado? Tudo que já se passou neste e outros planetas em qualquer época? Ainda podendo ouvir os sons e as palavras como se ocorressem ao vivo?



 



Ora, a primeira resposta seria “sim”, mas, pensando um pouco, chega-se à conclusão de que isso devastaria o mundo e poderia levar ao caos. Não haveria mais segredos a velar a intimidade de quem quer que seja. Desmoronariam a fachada das pessoas e as relações entre elas. Tudo seria visível ao conhecimento nítido e abrangente de quem tivesse acesso a essa “coisa” inacreditável.



 



Justamente pensando nisso, o papa Pio XII, em 1953, quando um grupo de cientistas lhe apresentou o invento, chamado de “Cronovisore”, decidiu sequestrá-lo, desmontá-lo e guardá-lo nas profundezas das criptas do Vaticano, em Roma, impondo sigilo absoluto aos descobridores.



 



Esses eram dois padres cientistas, Agostino Gemelli, franciscano, reitor da Pontifícia Academia de Ciências, e Pellegrino Ernetti, beneditino, exorcista e diretor da escola de estudos de música sagrada em Roma. Exigiu-se de ambos a obediência sobre o segredo de todas as imagens filmadas em preto e branco. O cronovisore é descrito como um conjunto de antenas de metais nobres e de filtros que sintonizavam-se por coordenadas permitindo assistir cenas e sons num tela de tevê. 



 



O texto jura que o tal aparelho realmente existiu e tudo ficaria obliterado e enterrado para sempre, como ordenou o papa Pio XII, se o repórter italiano Vincenzo Maddaloni, despertado por comentários inusitados que corriam em Milano e Roma não tivesse entrevistado frei Pellegrino Ernetti e se convencido de que o Cronovisore existiu e sumiu.



 



 



 



Será?