Vinte e dois alunos da Associação Sholin do Norte de Kung Fu/Wushu em São Sebastião do Paraíso participaram no final de semana de apresentação para avaliação de desempenho. O exame, que é realizado de seis em seis meses, é necessário para que os alunos mudem de faixa, o que simboliza no esporte o grau de conhecimento e domínio das artes marciais.
De acordo com o professor e mestre em artes marciais, Márcio Zaqueu, essas avaliações são sempre interessantes, pois é uma maneira de conseguir ver e acompanhar a evolução de cada aluno. “Temos notado que o nível das crianças tem subido muito, não apenas no exame, mas em todos os campeonatos que temos participado eles têm conseguido boas posições, o que nos engrandece muito, pois mostra que estamos fazendo um bom trabalho”, destaca.
Segundo Zaqueu, após essa avaliação os alunos aprendem uma nova etapa no ensino das artes marciais e em dezembro passam novamente pela avaliação de mudança de faixa. “Isso acontece a cada seis meses e há aquelas crianças que estão se destacando muito bem. Há também aqueles estão há mais tempo desenvolvendo o esporte e agora começam os ensinamentos de defesa pessoal, aplicação de torções, conhecimento de anatomia, biomecânica e física”.
Ainda, segundo o professor, o trabalho foi muito produtivo. “É sinal de que estamos fazendo um bom trabalho em encaminhar essas crianças para o bem. Além do exame, essas crianças também têm que apresentar as notas da escola, e temos percebido que a evolução na escola tem acompanhado a na Associação. A maioria é média oito, o que nos deixa muito alegres e contentes também”, ressalta Zaqueu.
Sinal desse bom desempenho é que pelo menos três alunos, dos 20 paraisenses que se classificaram no Campeonato Mineiro de Kung Fu/Wush, devem participar do Brasileiro que acontece em Cuiabá (MT), entre os dias 7 e 11 de setembro. O único desafio que tem se feito presente, até o momento, é o financeiro, pois é um esporte que demanda muitos custos diante dos gastos com viagens e hospedagem “Infelizmente não poderei participar do Panamericano ao qual eu fui convocado e estão aguardando minha confirmação para o Mundial da China, que acontece em novembro, e que eu também corro o risco de não participar. Tenho corrido atrás de apoio, mas tem sido complicado”, comenta Márcio.
Apesar das dificuldades, o professor tem sentido muito orgulho dos seus discípulos que segundo ele têm trilhado um bom caminho e destaca que a única perda que tem sofrido desses alunos é para as universidades.
“Saber que eles ingressaram na faculdade, e que têm trilhado um caminho para atingir seus objetivos, para nós é muito gratificante. Assim tem sido a maioria dos mais de dois mil alunos que ali passaram. Também agradecemos muito a presença do mestre Chen Chin Yau, que veio para fazer essa avaliação junto aos alunos”, completa Zaqueu.