Em recente edição o Jornal do Sudoeste abordou o tema da Praça de Esportes Castelo Branco, entrevistando o novo presidente, o Paraisense Rubens Tomás.
Paraisense com P maiúsculo, pois aceitou encarar um desafio e o tem feito com valentia, à frente de um clube que foi se depauperando lentamente nos últimos anos.
Rubens, ao contrário de outros “paraisenses”, não se contentou em apenas praticar esportes no local, se propôs a fazer algo para melhorar o espaço, deixando de lado lamentações e omissões.
Rabo de foguete, o pepino era e ainda é grande, mas teve coragem de assumi-los e nesse gesto merece louvor.
Mas eis que, na mesma matéria, o Poder Executivo, que tem a posse do espaço, afirma que estão avançadas as negociações com o SESC, para a encampação do espaço pela entidade, ou seja, a entrega pelo município a uma entidade privada do espaço mais nobre de Paraíso.
Simplesmente isso.
A Praça de Esportes está caída, sem dúvida.
Mas não está morta.
Ainda existe vida lá. E pessoas que sonham e querem lutar para reerguê-la. Ou pelo menos tentar.
Agora, entregar de mão beijada tamanha área central para o SESC é um absurdo. Algo que tem de ser discutido a fundo e não ir seguindo cegamente essa ideia nascida da cabeça de quem não conhece, não honra e não valoriza nossa cidade e seus espaços.
Mais fácil entregar para terceiros do que ajudar o surgimento da “Nova Praça”, como sonha Rubens.
A justificativa de que o espaço está deteriorado soa como o bater de asas dos urubus rodeando o moribundo.
Se a UFLA quer se instalar no espaço do LACES, perto do novo fórum, área já cedida ao SESC e envolta em um escândalo abafado, então que se ofereça outra área a entidade.
Agora entregar de mão beijada o terreno mais valorizado da cidade em troca, é algo que merece discussão ampla, isso em se falando só do terreno da PECB.
Se essa troca realmente acontecer, terá sido o pior negócio da história de Paraíso...
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