O prefeito Walker Américo Oliveira solicitou na tarde de ontem (18/8), uma reunião com a Câmara Municipal para pedir recursos a fim de garantir o pagamento da segunda etapa da folha de servidores que se enquadram na segunda chamada. O valor, de acordo com o prefeito, chega a R$ 1,2 milhão e instabilidade no repasse de recursos por parte do Estado e da União prejudicou o planejamento financeiro da prefeitura.
O prefeito ressaltou em reunião que o trabalho de planejamento que foi desenvolvido pela secretária de Planejamento e Gestão, Denise Paschoini, permitiu que o município mantivesse em dia o pagamento dos servidores. “Estamos trabalhando com os recursos que são escassos e é notório. Os quatro primeiros meses são de receita boa, viemos trabalhando com isso, tanto que muitos acreditavam que em maio já não estaríamos mais pagando a folha, mas aconteceu o contrário. Estamos com a folha de pagamento em dia”, comentou.
De acordo com Walkinho, houve uma “frustração” do Estado e da União no valor de R$ 650 mil no mês passado, o que atrapalhou o planejamento da prefeitura. Entre esses recurso que deixaram de ser repassados ou que vieram incompletos foi ICMS, no montante de R$ 400 mil. “Como nós fomos surpreendidos com essa queda de receita do Estado, e a Câmara dispõe de recursos em caixa e se dispôs a fazer devolução de duodécimo para que pudéssemos saldar a folha de pagamento dos funcionários, vim confirmar aos vereadores que essa “frustração” prejudicou o pagamento e que iremos precisar de ajuda. Agora eles vão deliberar para ver se podem fazer esse repasse”, disse o prefeito.
Atualmente, a folha de pagamento do servidor está em dia. O pagamento da segunda etapa da folha deve acontecer nesta segunda-feira (21/8), mas diante esse valor de R$ 650 mil que não foi repassado ao município no último mês, além de outros R$ 400 mil que veio faltando do ICMS, o município corre risco de atrasar esse pagamento. O valor a ser pago a esses servidores chega a R$ 1,2 milhão.
Ainda em reunião, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ulisses Araújo, destacou que 17% da massa salarial do município provêm da prefeitura, e o que o impacto que isso pode ocasionar no município é muito grande.
“É importante frisar também a questão da repatriação, nós esperávamos para o dia 10 de agosto R$3,9 milhões, mas veio apenas R$ 89 mil. Isso quebra todo o planejamento de despesas e receitas que é feita pela prefeitura”, completou o prefeito.
O vereador presidente da Câmara, Marcelo de Morais, destacou que irá se reunir com os demais vereadores para discutir a questão, e comentou que a Câmara não irá medir forças com a prefeitura. “Com as economia que estamos fazendo na Casa, nós gostaríamos realmente que a prefeitura tivesse recurso para pagar rescisões, calçamento de ruas, conseguir medicamentos para UPA e farmacinhas ou colocar raio X da UPA entre outras questões. Estamos fazendo nossa parte. Até o presente momento, se devolvermos esses R$ 650 mil esse mandato da Câmara será o que mais devolveu recursos de duodécimo ao município nos últimos 12 anos”, destacou.
O vereador destacou ainda que considerando que falta ainda quatro meses para encerrar o ano, a previsão é que a Câmara devolva ao todo pelo menos R$ 800 mil. “Mas tem que haver a contrapartida também, não adianta nós economizarmos aqui, tendo em visto tudo o que precisa ser feito na Câmara, e a prefeitura esbanjar, como foi com a aquisição de uma máquina fotográfica de R$ 35 mil ou colocando recursos onde não se precisa colocar. Nossa ideia é continuar com nosso trabalho como deve ser feito, mas o Executivo também tem que colaborar”, completou o vereador.