CRÔNICA - Joel Cintra Borges

Disfunções sexuais

Por: Joel Cintra Borges | Categoria: Cultura | 20-08-2017 16:08 | 1215
Foto: Reprodução

Muitas pessoas têm sérios problemas de saúde, os quais lhes cobram pesados ônus em termos de bem-estar, de felicidade. Disfunções sexuais, por exemplo, que enchem os consultórios dos andrologistas, ginecologistas, psiquiatras e psicólogos. Baterias de exames que nada comprovam, sessões intermináveis nos divãs dos analistas, sem chegar a lugar algum...
Se a psicanálise pudesse penetrar na noite escura do passado, certamente encontraria as respostas, uma vez que nossos problemas de hoje estão intimamente relacionados com o que fizemos ontem, seja nessa vida, seja em vidas anteriores.
O homem, por exemplo, que não respeitou lares alheios, desviando mulheres casadas, moças e até crianças dos caminhos do bem, preocupado apenas em satisfazer seus baixos instintos, por certo terá que conviver com uma culpa muito grande quando transpuser as fronteiras da morte. Terá que se defrontar com suas vítimas, escutar seu pranto por horas, por dias, por noites que parecerão não acabar nunca.
Rever as cenas dantescas, nas quais foi o protagonista principal, centenas de milhares de vezes, até que elas fiquem impregnadas em sua retina e gravadas em sua consciência, chegando a gerar um medo patológico de todo tipo de relação sexual. Essa fobia acompanha a pessoa (ou o espírito, o que dá na mesma) quando ela reencarna, funcionando como uma chave automática que desarma em toda cena parecida com aquelas do passado. E surge a impotência, a ejaculação precoce e outras disfunções semelhantes, que dificultam, ou até impedem totalmente uma relação normal e satisfatória.
Castigo de Deus? Melhor seria que disséssemos que castigamos a nós mesmos, como forma de aprendizado de um melhor uso de nossas capacidades genésicas, de nossas energias sexuais. Que punimos a nós mesmos porque não amamos e não respeitamos ao nosso próximo.
As pedras não se formam redondas e lisas. Nascem sempre ásperas, pontiagudas. É o ato de rolar, de relacionarem-se umas com as outras que as arredonda, que as torna polidas. Assim, toda experiência dolorosa deve ser encarada como aprendizado, como uma forma de crescimento. E toda queda acompanhada de um imediato recomeço!